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SINDICATO ADVERTE ITAÚ E FAZ DENÚNCIA À POLÍCIA FEDERAL

Itaú_Wikipedia



O Sindivigilantes do Sul encaminhou ofício à direção do Banco Itaú, nesta quinta-feira, com uma advertência para que o banco pare de utilizar os serviços dos vigilantes, de forma ilegal, na área externa das suas agências, em Porto Alegre e todas as outras cidades gaúchas onde isso esteja acontecendo.

No documento, o sindicato também adverte que o banco deve parar de exigir que os vigilantes façam atividades que não sejam inerentes à sua função, como controlar e organizar filas, orientação aos clientes e funções de recepcionista.

As empresas de vigilância contratadas para o serviço de segurança privada nas agências estão recebendo correspondência oficial do sindicato com o mesmo teor, alertando para essas irregularidades.

Chegaram ao sindicato várias denúncias de que o banco está determinando que os vigilantes atuem fora das agências, muitas vezes tendo que circular pelas calçadas.

Elisa e Rosane viram a mesma situação em Alvorada e Litoral

Elisa e Rosane viram a mesma situação em agências de Alvorada e do Litoral

Não é apenas na capital que isso está acontecendo. As diretoras Elisa Araújo e Rosane Schmitz, por exemplo, constataram a mesma situação em Alvorada e no Litoral, onde viram vigilantes tentando organizar aglomerações de clientes na frente das agências, na calçada.

Denúncia à Polícia Federal

Também foi enviada denúncia à Superintendência da Polícia Federal, na capital, apontando que o banco está cometendo violação aos artigos 98 e 99 da portaria nº 3.233/2012, que regula o plano de segurança dos bancos e não prevê vigilantes fora das agências.

No entanto, diz a denúncia, as agências bancárias do Itaú alteraram a disposição e quantidade de vigilantes, sendo que no interior das agências têm ficado apenas um vigilante, numa violação à portaria, colocando em risco a vida dos vigilantes e dos próprios clientes.

“É altamente imprudente a atitude do Banco Itaú de exigir que os vigilantes façam esse tipo de atividade, além de contrária as recomendações do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial da Saúde”, afirma o sindicato, que pede à fiscalização da PF as medidas cabíveis contra essas  irregularidades.

Pagamento de benefício é na Caixa

O presidente Loreni Dias ressalta que as agências do Itaú não participam do pagamento do benefício emergencial do Governo Federal às pessoas carentes, durante a pandemia do Covid-19.

Presidente do sindicato, Loreni Dias

Presidente do sindicato, Loreni Dias

A liberação da Polícia Federal para atuação de vigilantes na área externa é válida apenas para a Caixa Econômica Federal, sem prejuízo da equipe que faz a segurança interna. Inclusive, estariam sendo contratados vigilantes extras para o trabalho de organização das filas dos beneficiários.

Não há, portanto, qualquer justificativa para o exercício da vigilância privada do lado de fora das agências do Itaú, o banco que mesmo nas crises bate recordes de lucro. “Nós sabíamos, a partir da liberação para a Caixa, que os bancos privados iriam tentar se aproveitar disso, avisamos inclusive a CNTV de que isso aconteceria”, ressaltou dias.

Caso o banco não se manifeste em 48 horas, regularizando todas essas situações, a contar desta quinta-feira, o sindicato tomará medidas judiciais para que essas irregularidades sejam coibidas pelo Poder Judiciário, o mais rapidamente possível.

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Bradesco e Itaú anunciam fechamento de agências

Mesmo com lucros enormes, os dois bancos vão fechar centenas de agências e provocar mais desemprego ainda.



Poucas horas depois de divulgar um lucro de mais de 19 bi nos primeiros meses de 2019, o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, anunciou que irá fechar 450 agências até o ano que vem.

De acordo com matérias publicadas na grande imprensa, o banco precisa melhorar suas despesas operacionais, que estão acima da meta estabelecida para 2019, e está tomando medidas para isso. Além do programa de demissão voluntária (PDV), com adesão de mais de 3 mil funcionários.

A Confederação Nacional do Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT) já enviou um ofício ao banco solicitando informações sobre o fechamento de agências e a situação dos bancários e uma reunião para tratar do assunto.

Depois de fechar 50 agências até setembro, o Bradesco espera encerrar mais 100 unidades ainda este ano. Mais de 300 devem ser descontinuadas em 2020, conforme Lazari.

Os fechamentos de agências ocorrerão em todo o Brasil e não há, segundo ele, uma região específica. Ao fim de setembro, o Bradesco contava com 4.567 agências.

“É lamentável que, mesmo com lucro crescente, a decisão do banco seja a retirada de emprego. Este é um dos pontos prioritários da nossa minuta de reivindicações, a garantia de emprego”, afirmou Magaly Fagundes, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco.

Itaú já fechou 200 agências em 2019

O Itaú seguiu o Bradesco e anunciou, nestas quarta-feira (6), o fechamento de 400 agências até o fim do ano. Conforme a revista Exame, já foram fechadas 200 agências do banco no primeiro semestre de 2019.

A decisão faz parte do processo de digitalização da instituição e, segundo um documento divulgado via teleconferência, da “busca por eficiência e a maior demanda por atendimento via canais digitais levaram à redução anual de 5,7% das agências físicas no Brasil”.

O banco afirmou à EXAME que “a redução do número de unidades físicas é um movimento de reposicionamento da rede, coerente com as novas necessidades dos clientes e o aumento da procura por atendimento em outros canais, como internet, celular e agências digitais”.

A revista informa que o lucro do Itaú subiu 11% e chegou a R$ 7,5 bilhões no primeiro trimestre desse ano.

Sindivigilantes bloqueia entrada do Itaú, agência da Andradas

Porta estava com ruído e não trancava havia uma semana
Porta estava com ruído e não trancava

Uma equipe de fiscalização do Sindivigilantes do Sul interditou, segunda-feira (23), a agência do Itaú na Rua dos Andradas, no centro de Porto Alegre. A porta de entrada tinha um ruído estranho e não estava trancando, devido a um defeito no mecanismo eletrônico. O problema já vinha acontecendo há uma semana e a previsão de conserto era somente para daqui a duas semanas.

Com isso, os dirigentes que foram ao local decidiram bloquear a entrada e estenderam uma faixa explicando a situação, que colocava em risco a segurança de clientes, funcionários e vigilantes da agência. A ação teve o apoio do Sindicato dos Bancários.

Os diretores Ivo Carioca, Luiz Paulo Motta, Marlon Costa e Ubirajara Rios, membro do conselho fiscal, permaneceram no local desde o final da manhã até as 16 horas, quando a porta, finalmente, foi consertada. Durante o bloqueio da agência, funcionou apenas o autoatendimento (caixas eletrônicos), que tem a entrada separada.