O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni dias, apresentou ao superintendente Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, Claudir Nespolo, nesta quarta-feira, uma série de denúncias sobre casos de assédio moral contra os vigilantes e outras irregularidades em agências bancárias da capital e interior.
Também participaram da reunião pela manhã, na sede da Superintendência, Ilson Pereira, diretor do sindicato, Marcos Puchalseki, assessor da deputada estadual Bruna Rodrigues (PC do B), e Brunno Mattos, secretário geral da União das Associações de Moradores de Porto Alegre (Uampa).
Dias relatou que os vigilantes muitas vezes têm sido impedidos de almoçar ou até mesmo de utilizar o banheiro, porque as empresas de segurança privada, para diminuir custos e vencer a concorrência, escalam apenas dois profissionais por turno. Com isso, falta um terceiro que faça a cobertura de quem precisar se afastar para o intervalo ou suas necessidades, pois a legislação da segurança bancária exige sempre dois vigilantes na entrada, no mínimo.
Ele chegou a relatar o caso de um trabalhador de uma agência do interior que se urinou nas calças porque a chefia o proibiu de se afastar do seu posto para ir ao banheiro. “A que ponto chegamos, alguém precisa tomar providências para que não aconteçam mais coisas assim”, afirmou Dias.
Recepcionistas no lugar de vigilantes
Além disso, segundo o presidente, há agências com numerário em cofre que contam apenas com “recepcionistas” controlando a entrada. Isso é ilegal, esclareceu Dias, pois em banco onde há dinheiro é obrigatória a presença de vigilantes armados, a fim de garantir a segurança desses estabelecimentos, dos funcionários e clientes, principalmente.
Nespolo considerou as denúncias “muito graves” e disse que “o Ministério vai verificar estas situações de assédio moral, visando contribuir para um ambiente de trabalho saudável nas agências”. Outras medidas também estão sendo encaminhadas com a deputada Bruna Rodrigues, que levará o caso a discussão na Assembleia Legislativa.
Dias agradeceu o apoio e reforçou a urgência da situação: “Esses abusos contra os trabalhadores precisam acabar”, concluiu.