O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, está na capital de Alagoas, Maceió, onde participa hoje (29) e amanhã da 15ª Conferência Nacional dos Vigilantes. O evento acontece num momento crucial para a categoria, com vários temas na pauta de discussões que dizem respeito aos direitos dos profissionais da segurança privada.
A começar pela aposentadoria especial, lembrou Dias, que tem a sua regulamentação, o Projeto de Lei Complementar Nº 245, do senador Eduardo Braga (MDB), à espera de votação na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal.
Na reforma da Previdência, a aposentadoria por periculosidade quase foi proibida totalmente, mas um destaque do senador Paulo Paim (PT) manteve viva essa possibilidade. Porém, ela precisa ser regulamentada por uma lei que defina os critérios para o recebimento do benefício.
O texto já recebeu 21 emendas dos senadores e não tem data definida para sua votação, mas espera-se que seja votado ainda neste ano.
Dias apontou ainda mais duas discussões importantes que devem acontecer na conferência: a reforma trabalhista e a Medida Provisória 905, de Bolsonaro, que trouxeram grandes prejuízos aos trabalhadores.
“Só a categoria mobilizada pode enfrentar tantas perdas de direitos, agora todos estão vendo o desastre que são essa reformas, que enche de privilégios os empresários, com redução de encargos e salários, enquanto até os trabalhadores desempregados vão ter que pagar imposto do seguro desemprego, de agora em diante”, afirmou Dias.
Ele alertou que, em dezembro, começa a campanha salarial no Rio Grande do Sul visando a negociação da Convenção Coletiva de Trabalho de 2020 dos vigilantes, que têm data-base em 1º de fevereiro.
“Vai ser o momento dos vigilantes mostrarem que estão inconformados com essas perdas e que não vão aceitar mais nenhum recuo nos seus direitos”, completou o presidente.
A Conferência, promovida pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e o Sindicato dos Vigilantes de Alagoas, prossegue durante todo o dia de hoje e termina sábado (30).