O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, está em Brasília, onde foi participar de uma reunião da diretoria da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV). Entre os temas em discussão constam a fiscalização dos jogos da Copa América e a reforma da Previdência, entre outros.
Aproveitando a ida à Capital Federal, ele visitou os gabinetes dos deputados e deputadas federais e também dos senadores gaúchos. Dias entregou um documento endereçado aos parlamentares, assinado por sete sindicatos de vigilantes do Rio Grande do Sul, criticando a reforma da Previdência e defendendo a manutenção da aposentadoria especial dos vigilantes.
“Foi muito importante essa visita aos gabinetes, em diversos deles, inclusive deputados do partido do presidente Bolsonaro, disseram que vai ter muita mudança nesse projeto, que ele pode passar mas com várias modificações e não vai ser votado agora, é para mais adiante”, contou Dias.
Subscreveram o documento, também, Moisés Machado, presidente do Sindicato dos Vigilantes de São Leopoldo e Região, Marcelo Puccinelli Alves, presidente do Sindicato dos vigilantes de Pelotas, Ramiro Antonio Coin, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Guaíba e Região, Cláudio Fabiane Froz da Silva, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Alegrete, Claudiomir dos Santos, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Alto Uruguai e Luis Carlos Correa da Silva, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Uruguaiana.
Aposentadoria Especial
Veja o trecho do documento que fala da aposentadoria especial dos vigilantes:
“A Reforma da Previdência vai afetar a categoria dos vigilantes, principalmente no que diz respeito ao reconhecimento da periculosidade como agente nocivo no critério da aposentadoria especial. A proposta retira o direito à aposentadoria especial dos trabalhadores que estão expostos a periculosidade em suas profissões, como os vigilantes, eletricistas, entre outros, e mantém apenas o reconhecido do direito a aposentadoria especial dos segurados, assim mesmo só para os que estiverem expostos efetivamente em seu ambiente de trabalho à agentes físicos, químicos ou biológicos.”
“A aposentadoria especial do vigilante tem como fundamento, o entendimento de que profissões perigosas permitem ao trabalhador, aposentar-se antecipadamente, com o objetivo de retirar o profissional o quanto antes de uma situação de risco. Contudo, a atual proposta da Reforma da Previdência, retira esse direito.”
“Assim, no caso de aprovação da Reforma da Previdência Social, o vigilante terá que comprovar 25 anos de trabalho completos, ANTES do início da vigência das novas regras da Previdência. Se não conseguir essa comprovação, ficará sem a sua Aposentadoria Especial”, diz o documento.
Segundo os dirigentes dos sindicatos que assinam o manifesto, “sob qualquer ângulo que se olha a reforma, não há como concordar com essa proposta, fazendo-se necessário a posição firme contrária à mesma, tanto nas redes sociais, quanto entre amigos e conhecidos e, se possível, cobrando dos deputados federais e senadores uma postura digna, de maneira a evitar que esta modificação traga ao conjunto dos brasileiros os seus aspectos perversos, desumanos e inconstitucionais, com graves danos para as gerações atuais e futuras.”