Uma delegação da CUT-RS, composta por dirigentes sindicais e lideranças comunitárias partiu, segunda-feira (20), rumo à capital federal, para participar da Marcha a Brasília, que acontece nesta quarta-feira (22), em defesa da valorização do salário mínimo e das aposentadorias, a correção da tabela de Imposto de Renda (IR), a igualdade salarial entre homens e mulheres, entre outras pautas.

A CUT-RS também vai apresentar em Brasília as reivindicações, já feitas ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que visam mitigar as condições de vida e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras durante a situação de calamidade que vive o Rio Grande do Sul.

As propostas são de manutenção integral dos empregos e da renda e a participação das entidades sindicais em todos os processos que venham a reconfigurar os direitos previstos nas convenções e acordos coletivos das categorias.

Para assegurar esse processo, a CUT-RS está solicitando uma norma ou medida provisória que assegure a ultratividade das convenções coletivas (para que suas regras continuem valendo até ser firmada nova convenção) e a garantia da negociação pelas entidades sindicais.

Isso se deve ao fato de estar ocorrendo, unilateralmente, por parte dos empregadores e sindicatos patronais, medidas altamente prejudiciais aos trabalhadores, boa parte deles atingidos pela calamidade ou situação de emergência.

Fonte: CUT-RS
Foto: CUT-RS

As festas pelo Dia do Vigilante, (20 de junho), que estavam sendo preparadas pelo Sindivigilantes para acontecer dia 14 de junho em Santo Augusto, dia 15 em Santo Ângelo e dia 23 em Porto Alegre foram canceladas devido à situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul.

“Não há como pensarmos em festa nesse momento que o Estado está passando, com tanta destruição e tantos gaúchos atingidos pelas enchentes, inclusive muitos vigilantes e suas famílias”, disse o presidente do sindicato, Loreni Dias.

A prioridade do sindicato agora é apoiar de todas as formas possíveis essas pessoas que perderam tudo. Inclusive a colônia de férias do sindicato está servindo de abrigo para vigilantes, Asps e outros desabrigados que perderam suas casas, acrescentou Dias.

Lembramos que ainda há vagas na colônia de férias, na Praia do Magistério em Balneário Pinhal, para quem precisar de um local onde ficar com sua família. Contem com nossa solidariedade e apoio, estamos juntos!

Além do boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia online, como já foi informado pela assessoria jurídica, os vigilantes de Porto Alegre e Canoas também podem tirar atestado da Defesa Civil do município, para comprovação da falta ao trabalho devido às enchentes.

Temos abaixo os links da Defesa Civil das duas cidades e acrescentaremos de outros municípios à medida que tivermos essa informação.

• Link para atestado da Defesa Civil em Porto Alegre: clique aqui.
• Link para atestado da Defesa Civil em Canoas: clique aqui.
• Clique para registro de BO na Delegacia de Polícia Online onde a Defesa Civil não tiver essa opção de atestado.

Não esquecer ainda de juntar todas as provas possíveis, conforme orientação da assessoria jurídica, tais como mensagens para a empresa, informando a impossibilidade de comparecer ao posto de serviço, fotos, vídeos e outras formas de comprovação da sua situação.

Sendo uma falta justificada, realmente, o trabalhador tem direito a receber seu salário normalmente.

Num fim de semana chuvoso e de muita preocupação para todos devido à continuidade das enchentes, o Sindivigilantes realizou um almoço coletivo neste domingo, Dia das Mães, no salão de festas da colônia de férias, na Praia do Magistério, para as famílias desabrigadas das enchentes – na maioria vigilantes – que foram acolhidas no local.

Também foram distribuídos bombons de brinde com mensagens de apoio às mães presentes. No sábado à noite já tinha sido servido um sopão para todos.

“Não é fácil, é uma tristeza muito grande tudo isso que estão passando, mas estamos tentando fazer o melhor que podemos por essas famílias”, disse o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias.

“Vamos ter que esperar isso passar e reconstruirmos o nosso Estado, e o sindicato vai estar junto da categoria, apoiando em tudo que for possível para que possam recomeçar suas vidas”, acrescentou o presidente.

Vigilante de Eldorado

Rodrigo Mazzolene dos Santos, 42 anos, é um dos vigilantes que estão abrigados na Colônia de Férias, com a esposa, a mãe e dois filhos, um de 17 e outro de três anos. A casa dele, em Eldorado do Sul, foi completamente alagada (foto abaixo), até o teto, assim como as casas da sogra e do cunhado, que ficam no mesmo terreno.

Ele conseguiu fugir às pressas com a família, de carro, para um local provisório. Depois ficou sabendo por uma publicação do sindicato no Facebook que havia vagas na colônia de férias para desabrigados, fez contato com a diretora Cristilorem Luz e agora está alojado num dos apartamentos.

“Estamos muito bem acomodados aqui, com muito conforto, não é a mesma coisa que a casa da gente, lógico, mas não está faltando nada, estão sobrando colchões, recebemos muitas doações de roupas, a comunidade está ajudando bastante e até uma televisão eu consegui”, disse Rodrigo, abaixo na foto com a família. Ele recebeu férias do trabalho por estes dias.

Ainda há vagas

No momento, estão abrigadas na colônia 42 pessoas no total, entre elas 8 crianças, e ainda há 21 apartamentos disponíveis para quem precisar de um lugar para se abrigar.

Podem ser vigilantes, Asps ou qualquer outra pessoa, amigos, conhecidos, familiares, que precisem de ajuda, basta fazer contato com um dos diretores ou apoios do sindicato ou enviar mensagem por whatsapp: (51) 3225-5070.

Você não está só, somos solidários e estamos juntos!