O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio Grande do Sul (Sindesp) respondeu à solicitação de uma reunião de negociação, a primeira deste ano. Ela ficou marcada para terça-feira, às 14 horas, na sede da entidade patronal.
Os três sindicatos que representam a categoria, o Sindivigilantes do Sul, com sede na capital, e os sindicatos dos vigilantes de São Leopoldo e Pelotas, já deixaram claro que a proposta inicial dos patrões, de uma convenção coletiva de trabalho sem nenhum reajuste (zero %), é inaceitável, não tem chance de acordo nestes termos.
“Esperamos que nesta reunião haja um avanço na proposta, porque convenção zerada nós não aceitamos, queremos um aumento justo”, afirmou o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias. Os sindicatos pedem o índice da inflação na data-base (1º de fevereiro) MAIS 3% em cima disso. E o aumento do vale-alimentação para R$ 31,00.
“Em todos os estados os sindicatos dos vigilantes estão conquistando um aumento acima da inflação, será que os patrões não enxergam que o Rio Grande do Sul faz parte do Brasil? O único patrão do país que fez uma proposta vergonhosa até agora é o patrão do nosso Estado”, completou Dias.
Aumentos acima da inflação
Um levantamento na tabela de negociações publicada pela Confederação Nacional dos Vigilantes mostra que, realmente, todos os sindicatos da categoria com data-base em primeiro de janeiro que fecharam convenção, até agora, conquistaram aumento real (a reposição da inflação e mais um percentual acima disso).
Para uma inflação de 4,77% no ano, os vigilantes de Alagoas conquistaram aumento de 7%; Sergipe: 6,5%, Espírito Santo: 6,29%; São Paulo: 5%; Goiás: 5,67%; Bahia: 6,58%; Rio de Janeiro: 4,91%.
Além disso, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou que ano passado, de janeiro a novembro, 85,4% dos reajustes salariais no país foram acima da inflação, das mais variadas categorias. Apenas 10,9% tiveram aumento igual à inflação e 3,8% abaixo da inflação (conforme o gráfico).
Asseio e conservação
Vale citar, como exemplo, a convenção firmada entre o Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação e o sindicato dos trabalhadores (Seeac-RS), também com data-base em primeiro de janeiro.
Eles tiveram um reajuste de 7,34% e o VA passou para R$ 25,42. Esta é uma categoria que abrange mais de 30 funções, tais como:
Almoxarife, ascensorista, auxiliar de manutenção predial, contínuo, office-boy, copeiro, cozinheiro, açougueiro, porteiro, faxineiro, auxiliar de serviços gerais, porteiro, vigia, servente, guardador de veículos, recepcionista, preparador terceirizado de materiais hospitalares, atendente de creche, técnico secretariado terceirizado, telefonista terceirizada, vigia, catador de material reciclável, varredor, gari e outros.
Com esse reajuste, o porteiro, por exemplo, passa a ter o piso salarial de R$ 1.991,06 , mas não ganha insalubridade ou adicional de risco/periculosidade.
QUEREMOS NOSSO DIREITO, QUEREMOS NOSSO AUMENTO, JÁ!