VIGILANTES DA CORSAN-ETA DE CAMAQUÃ TRABALHAM EXPOSTOS A PRODUTOS QUÍMICOS

Vigilantes ficam num cubículo, próximo aos produtos químicos

Vigilantes ficam num cubículo, próximo aos produtos químicos



Na noite desta quarta-feira (05), um dos vigilantes do Posto da Corsan em Camaquã passou mais de duas horas em atendimento na emergência do Hospital Nossa Senhora Aparecida. Ele passou mal ao inalar produtos químicos que a empresa utiliza na Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade.

A fiscalização do Sindivigilantes do Sul compareceu na região, foi ao local e constatou várias irregularidades. O vigilante está melhor, mas contou que não é a primeira vez que se sente mal e vai parar no hospital, assim como seu colega do posto, pelas péssimas condições de trabalho. Os vigilantes, da Seltec, não têm uma guarita e nem local adequado para refeições, que são feitas num cubículo junto aos produtos químicos como carvão, cloro, flúor e outras substâncias.

Ao sair para o pátio ficam expostos ao relento do sol e à chuva, além do matagal que toma conta do lugar, sem iluminação e tomado de mosquitos. Tudo que dispõem é de uma mesinha e uma cadeira próximo às pilhas de produtos químicos e um compressor que, se explodir, coloca suas vidas em risco.

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No entanto, existe um projeto da Corsan para a guarita, que já foi visto há vários meses pelos vigilantes, mas até agora a obra não foi executada. Um técnico do trabalho da Corsan também esteve lá vistoriando o local. Mas nada foi feito pela direção da companhia para resolver essa situação, enquanto os trabalhadores seguidamente passam mal.

Um deles diz que sente dores nos pulmões, tontura, e apareceram manchas na sua pele, provavelmente por causa dos produtos químicos. É uma situação completamente irregular e o sindicato já está tomando providências para que os trabalhadores tenham a sua segurança e sua saúde preservadas.

O Sindivigilantes do Sul está notificando a direção da Corsan para que, em 72 horas, a empresa apresente uma solução definitiva para o problema. Também será encaminhada uma denúncia ao Ministério Público de Trabalho para que realize a fiscalização do local.