Arquivo da tag: Corsan

VIGILANTES DA CORSAN-ETA DE CAMAQUÃ TRABALHAM EXPOSTOS A PRODUTOS QUÍMICOS

Vigilantes ficam num cubículo, próximo aos produtos químicos

Vigilantes ficam num cubículo, próximo aos produtos químicos



Na noite desta quarta-feira (05), um dos vigilantes do Posto da Corsan em Camaquã passou mais de duas horas em atendimento na emergência do Hospital Nossa Senhora Aparecida. Ele passou mal ao inalar produtos químicos que a empresa utiliza na Estação de Tratamento de Água (ETA) da cidade.

A fiscalização do Sindivigilantes do Sul compareceu na região, foi ao local e constatou várias irregularidades. O vigilante está melhor, mas contou que não é a primeira vez que se sente mal e vai parar no hospital, assim como seu colega do posto, pelas péssimas condições de trabalho. Os vigilantes, da Seltec, não têm uma guarita e nem local adequado para refeições, que são feitas num cubículo junto aos produtos químicos como carvão, cloro, flúor e outras substâncias.

Ao sair para o pátio ficam expostos ao relento do sol e à chuva, além do matagal que toma conta do lugar, sem iluminação e tomado de mosquitos. Tudo que dispõem é de uma mesinha e uma cadeira próximo às pilhas de produtos químicos e um compressor que, se explodir, coloca suas vidas em risco.

Corsan_ETA_IMG-20200206-WA0036 site

No entanto, existe um projeto da Corsan para a guarita, que já foi visto há vários meses pelos vigilantes, mas até agora a obra não foi executada. Um técnico do trabalho da Corsan também esteve lá vistoriando o local. Mas nada foi feito pela direção da companhia para resolver essa situação, enquanto os trabalhadores seguidamente passam mal.

Um deles diz que sente dores nos pulmões, tontura, e apareceram manchas na sua pele, provavelmente por causa dos produtos químicos. É uma situação completamente irregular e o sindicato já está tomando providências para que os trabalhadores tenham a sua segurança e sua saúde preservadas.

O Sindivigilantes do Sul está notificando a direção da Corsan para que, em 72 horas, a empresa apresente uma solução definitiva para o problema. Também será encaminhada uma denúncia ao Ministério Público de Trabalho para que realize a fiscalização do local.

Sindicato exige da Corsan mais segurança nos postos da empresa

Diretores foram a Tapes conferir condições do local da ocorrência

Diretores foram a Tapes conferir condições do local da ocorrência

Casa onde vigilante foi baleado não tem portas e  nem janelas

Casa onde vigilante foi baleado não tem portas e nem janelas

Lugar é isolado e sem proteção nenhuma

Lugar é isolado e sem proteção nenhuma

Os diretores Carlos Schio e Gérson Farias estiveram ontem, segunda-feira (11), em Tapes, verificando o local e as circunstâncias da morte do vigilante Sérgio Luís Ferreira de Oliveira, 62. Ele foi assassinado sábado (09), no posto da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) no Balneário  Rebelo. Foi constatado que o posto não oferece segurança nenhuma, é um lugar ermo, isolado, cercado apenas por moirões e arame farpado. Nada impede o acesso ao local, relataram os dirigentes.

Diante disso, o sindicato já está tomando providências no sentido de EXIGIR da Corsan medidas urgentes para reforçar a segurança não apenas neste, mas em todos os os postos da companhia. Já se constatou problemas parecidos em outros postos também, como no posto das Garças, em Canoas, onde houve um tiroteio há alguns meses, contou Farias.

No caso de Tapes, o posto já tinha sido atacado há algumas semanas e os bandidos levaram a arma do vigilante, que pediu demissão do emprego. Sábado à noite, aparentemente, o vigilante substituto foi ferido por tiros quando fazia a ronda e tentou se refugiar no prédio em obras, onde levou o tiro fatal na cabeça.

Mais vigilantes no posto

O prédio, onde será instalado um laboratório da Corsan, não tem portas, janelas e iluminação. O sindicato quer que a empresa cerque o local com um muro e designe dois vigilantes por turno, pelo menos, para a segurança da área. “95% dos postos da Corsan oferecem esse tipo risco, já notificamos a empresa para que providenciem guaritas e mais segurança para os trabalhadores”, disse Farias.

Os diretores conversaram com um dos funcionários da Corsan que atendeu a ocorrência e confirmaram com colegas do falecido que a Rota Sul prestou a assistência devida à família, inclusive o auxílio funeral.  Além de pressionar a Corsan, o sindicato vai acompanhar toda a investigação do caso pela polícia, na expectativa de que os assassinos sejam identificados e presos logo.