A crise econômica do País e a reforma trabalhista atingiram em cheio os trabalhadores e também os sindicatos, no Brasil inteiro.
Com o nosso sindicato não é diferente, as dificuldades financeiras são grandes e precisamos nos adequar a essa realidade. Por isso, lamentavelmente, neste ano não poderemos montar o nosso tradicional piquete no Acampamento Farroupilha de Porto Alegre.
Perdemos grande parte da nossa arrecadação com o fim do imposto sindical, aquele desconto automático dos salários, que acontecia todos os anos, no mês de março. Poderíamos nos manter sem isso, se não fossem outros problemas que enfrentamos.
Aconteceram muitas demissões nas empresas de vigilância, a rotatividade é muito grande, e com isso perdemos muitos sócios. Para completar, paus-mandados dos patrões fizeram campanha de boicote à contribuição da cota sindical, de apenas R$ 21,41 por mês.
Nossas receitas caíram muito, como em quase todos os sindicatos. As únicas exceções são algumas entidades de servidores públicos, que têm estabilidade no emprego e por isso continuam com uma boa arrecadação de mensalidades.
Economia de recursos
Já tomamos várias providências para economizar recursos e manter os serviços essenciais do sindicato. Infelizmente, tivemos que demitir a metade dos funcionários e funcionárias, fechamos diversas subsedes no interior, reduzimos muito as viagens de visita às bases, cortamos alguns serviços que geram muitas despesas.
A categoria deve ter consciência que precisa contribuir para manter o sindicato, pelo menos com a cota de solidariedade, ou vai ter um sindicato capenga. O sindicato fiscaliza as condições de trabalho, move ações coletivas na Justiça, que revertem em dinheiro no bolso dos vigilantes, e garante benefícios importantes para a categoria.
Por exemplo, o Vale-Alimentação (VA) e o Adicional de Uniforme não são obrigatórios por lei nenhuma. São valores importantes que os vigilantes só recebem porque o sindicato negocia e assina estas cláusulas nas suas convenções coletivas.
Não aceitamos ajuda das empresas, como fazem alguns sindicato pelegos. Para superar essa crise e manter o sindicato funcionando, nós confiamos no apoio da categoria.
Os vigilantes precisam do sindicato, o sindicato precisa dos vigilantes. Juntos, somos mais fortes!