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VIGILANTES DA JOB NAS RUÍNAS DE SÃO MIGUEL PARALISAM EM PROTESTO CONTRA OS ATRASOS
Os vigilantes da JOB que trabalham nos postos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), nas Ruínas de São Miguel, em São Miguel das Missões, paralisaram totalmente suas atividades na manhã de hoje (19), em protesto contra os atrasos salariais. Eles ainda não receberam os pagamentos do mês.
Das nove horas ao meio-dia os vigilantes permaneceram de braços cruzados no portão de entrada das ruínas, o que causou, inclusive, o cancelamento de visitas de excursões de turistas que estavam programadas. O fato teve bastante repercussão na cidade e causou preocupação até mesmo na Prefeitura.
Administradores e gestores do contrato, Adriane, Guilhermee Diego, procuraram o diretor do sindicato na região, José Airton de Souza Trindade, que alertou-os de que uma nova paralisação vai acontecer, nos próximos dias, se esta situação não for resolvida imediatamente.
Ninguém acredita mais numa solução com a própria JOB, já que a situação vem se arrastando há muitos meses e a mesma história se repete sempre. Assim, o que todos querem é a substituição da empresa, logo, pela segunda colocada na licitação que houve ou, então, uma nova licitação.
Os administradores se comprometeram em dar uma resposta o mais breve possível. “Jà existem argumentos de sobra para ser rescindido o contrato da JOB”, afirmou José.
Sindicato negocia e Ibram faz pagamento direto de rescisões
Uma negociação do Sindivigilantes com o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) teve sucesso e os vigilantes das Ruínas de São Miguel receberam do contratante as verbas da rescisão da Código, dia 20 de junho. Em abril, o instituto quebrou o contrato com a empresa, que vinha atrasando sistematicamente salários, vales, 13º e também tem atrasados os depósitos do FGTS e INSS. A Job assumiu o posto.
Os vigilantes receberam diretamente do Ibram tudo que estava atrasado. Só faltou o FGTS. O instituto vai bloquear as faturas que a empresa ainda teria a receber, até ela regularizar a situação do Fundo. “Tudo foi pago com a intermediação do sindicato, que procurou o Ibram para pedir uma solução. Estivemos ao lado dos trabalhadores o tempo todo, inclusive na paralisação”, disse José Trindade, diretor do Sindivigilantes na região.
O diretor Marlon Costa, que encaminhou a negociação, destaca que este é um ótimo exemplo e uma prova de que é possível as contratantes garantirem os direitos dos vigilantes, bloqueando as faturas e fazendo o pagamento direto aos trabalhadores. “Assim evitam também complicações em processos judiciais futuros”, acrescentou.