A maioria dos senadores votou favorável e a famigerada reforma da Previdência foi aprovada no primeiro turno de votação no Senado, terça-feira (1º). Foram 46 votos a favor e 19 contrários à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 6/2019, que muda radicalmente as regras das aposentadorias.
Mas precisa haver mais uma rodada de votação. Para o segundo turno, que vai acontecer em uma ou duas semanas, os senadores Paulo Paim (PT) e José Reguffe (Podemos) vão apresentar um destaque retirando os vigilantes da reforma.
Com isso, pretendem garantir a continuidade da aposentadoria especial da nossa categoria e de outras, como os eletricitários, na mesma situação. Na Câmara Federal, onde a reforma já foi aprovada, foi apresentada uma emenda também, com o mesmo objetivo, mas acabou rejeitada pelos deputados.
Devemos ressaltar que, dos três senadores gaúchos, apenas Paim ficou ao lado dos vigilantes e dos trabalhadores. Ele votou contra a reforma do governo Bolsonaro. Mas os outros dois senadores do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Heinze (PP) e Lasier Martins (Podemos) votaram à favor.
No entanto, o governo aliviou a reforma para outras categorias da segurança com regras mais favoráveis. Policiais federais, os policiais legislativos, os policiais civis do Distrito Federal e os agentes penitenciários, poderão se aposentar mais cedo, entre outras vantagens.
Os militares, inclusive, ficaram de fora da tal reforma, ficando tudo como está para eles. Se é boa, porque a reforma não vale para todos?
Veja o relato abaixo do deputado distrital Chico Vigilante, que teve reunião com os dos senadores Paim e Reguffe, quinta-feira à tarde (03):
“Nesta tarde de quinta-feira, estive reunido com os senadores Paulo Paim (PT/RS) e Reguffe (Podemos/DF) para tratar, mais uma vez, da aposentadoria especial dos vigilantes. Estive lá acompanhado do diretor do Sindicato dos Vigilantes e da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Maria de Oliveira.
Os dois senadores me informaram que apresentarão um destaque para que sejam removidas do texto da reforma previdenciária, a ser votado em segundo turno, as categorias com periculosidade, como, por exemplo, vigilantes e guardas municipais.
Além de Paim e Reguffe, mantive conversas com outros senadores.
Saí de lá muito confiante e acreditando na possibilidade real de conseguirmos remover a categoria dos vigilantes dessa reforma.
Na próxima terça-feira, 8, retornaremos ao Senado para continuar essa luta que estamos travando em defesa da nossa categoria.
É muito importante que, em cada Estado, os vigilantes procurem abordar os seus senadores para que tomem consciência da necessidade das categorias com adicional de periculosidade serem resguardadas na reforma da previdência.”
*Chico Vigilante*
_Deputado distrital (PT)_