Sem acordo, vigilantes do DF entram em greve

Comparecimento à assembleia foi muito grande

Comparecimento à assembleia foi muito grande



Em assembleia geral realizada na noite desta quarta-feira (28), a categoria dos vigilantes do Distrito Federal resolveu, por unanimidade, entrar em greve geral com efeito imediato e por período indeterminado. A categoria havia concedido o prazo máximo para negociação até ontem, mas não houve proposta satisfatória por parte do sindicato patronal.

“Os vigilantes decretaram a greve em função da intransigência dos patrões, que querem acabar com o ticket alimentação, pagar metade do ticket em cesta, por fim ao plano de saúde, não querem dar reajuste salarial e querem transcrever toda reforma trabalhista dentro da convenção coletiva”, explicou o deputado distrital e diretor da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), Chico Vigilante (PT).

Desde a semana passada o Ministério Público do Trabalho tentou, sem sucesso, a intermediação para que houvesse uma solução no impasse entre os dois sindicatos. Foram realizadas duas audiências individuais com cada sindicato, mas os patrões permaneceram irredutíveis na retirada dos direitos trabalhistas.

As principais linhas em desacordo na convenção coletiva são o fundo de indenização para aposentadoria por invalidez; auxílio alimentação; assistência odontológica; seguro de vida; recolhimento de mensalidades sindicais; homologação das rescisões contratuais; aviso prévio; multa rescisória; intervalo intrajornada; inclusão de feriados nas jornadas 12×36; liberação dos diretores para mandato sindical; entrega da guia de previdência social; criação de comissão de conciliação prévia e arbitragem; quitação anual das verbas relativas ao contrato de trabalho; pagamento dos vales transporte e alimentação durante os cursos bienais de reciclagem.

Rio Grande do Norte

Greve Rio G. do Norte

O terceiro dia da Greve dos Vigilantes patrimoniais do Rio Grande do Norte, quarta-feira (28/02), foi marcado por fortes mobilizações e protestos na rua e no maior shopping de Natal. Mais uma lição para o patrão entender que não se brinca com os direitos do trabalhador.

Logo cedo a categoria se reuniu em frente ao Banco do Brasil da avenida Rio Branco, no centro de Natal, onde fez o habitual ato público com muito apitaço e o principal grito de guerra da categoria: Nenhum Direito a Menos!

Além de esclarecer a população sobre os motivos da greve a diretoria do Sindsegur denunciou a demissão de um vigilante da Prossegur, vítima de perseguição, e exigiu a reintegração do trabalhador. Diante dos protestos, um representante da empresa foi até o local da manifestação no Midway e garantiu que o vigilante seria reintegrado ao trabalho.

Fonte: CNTV