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CUT-RS E SINDICATOS CUTISTAS REFORÇAM ATO EM PORTO ALEGRE PELO FIM DA ESCALA 6×1

Movimento ganhou força em todo país

Movimento ganhou força em todo país



Milhares de pessoas tomaram a Orla do Guaíba, em Porto Alegre, sexta-feira (15), em um grande ato contra a escala de trabalho 6×1 e em defesa da redução da jornada semanal para 36 horas, sem redução salarial.

Com faixas, cartazes e bandeiras de sindicatos e partidos de esquerda, o protesto integrou uma série de manifestações nacionais convocadas pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT).

A concentração começou na Praça Júlio Mesquita, em frente à Usina do Gasômetro, e, por volta das 15h, os manifestantes marcharam pela Orla do Guaíba. O ato contou com a presença de importantes entidades filiadas à CUT-RS, como o Sintrajufe/RS, o Sindiserf/RS e o Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre.

Para Marcelo Carlini, dirigente da CUT-RS, o momento é crucial:

“Se não for no governo Lula, será quando? A energia da juventude nas ruas, junto com sindicalistas e militantes, desmente a propaganda de que ‘a CLT passou’ ou que ‘os jovens não querem carteira assinada’. Esses atos contra o 6×1 devem impulsionar também a luta pela revogação da reforma trabalhista. Estar nesse combate é o nosso papel.”

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Bandeira histórica da CUT

A CUT tem uma longa trajetória de luta pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, uma bandeira histórica do movimento sindical no Brasil. Desde sua fundação, em 1983, a Central tem defendido que a diminuição das horas trabalhadas é fundamental para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, aumentar a geração de empregos e distribuir renda.

Em 1988, foi protagonista na conquista da redução da jornada de 48 para 44 horas semanais, garantida pela Constituição Federal.

As manifestações acontecem em meio a uma mobilização nacional por mudanças na legislação trabalhista. Durante a semana, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) protocolou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe o fim da jornada de 44 horas semanais, vigente desde 1943, e sua substituição por um limite de 36 horas.

A proposta reforça a pauta do movimento, que defende a valorização da qualidade de vida dos trabalhadores.

Os dirigentes cutistas presentes na manifestação, destacaram a relevância de unir forças entre juventude, sindicatos e movimentos sociais para pressionar por avanços concretos.

Além disso, os sindicatos reforçam que a luta pela revogação da reforma trabalhista deve caminhar lado a lado com o fim do 6×1, em busca de condições dignas de trabalho e vida para a classe trabalhadora.

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Em Pelotas, o ato contra a escala 6×1, que teve apoio da regional sul da CUT-RS e também de sindicatos cutistas, como do Sindicato da Alimentação, reuniu cerca de 200 pessoas na tarde de sexta-feira (15), a manifestação teve início no chafariz do Calçadão, seguido de uma caminhada até o Mercado Público, onde ocorreu o encerramento.

Os atos no RS refletem a força de uma mobilização nacional, com protestos simultâneos em diversas capitais, como São Paulo, Brasília, Recife, Curitiba e Manaus, demonstrando a urgência de mudanças estruturais no modelo de trabalho no Brasil.

Fonte: Matheus Piccini/CUT-RS

NOTA PÚBLICA DA CUT-RS

CUT - Nota Pública - 07112024 - site



SE O BRASIL CRESCE E A ARRECADAÇÃO TAMBÉM, POR QUE REDUZIR DIREITOS? PRESIDENTE LULA, DEFENDEMOS OUTRO CAMINHO!

O crescimento do PIB supera todas as expectativas e deve fechar o ano acima de 3%, maior do que a média do PIB Global, estimada em 2,6%. A nossa economia também atingiu o seu maior nível de atividade, desde 1996, induzido pelo aumento dos investimentos, crescimento da indústria e do setor de serviços.

A inflação está sob controle e o mês de agosto/2024 registrou uma leve deflação de 0,02%. O desemprego despencou para 6,8%, a menor taxa desde 2014. Por outro lado, a arrecadação de impostos federais apresentou um crescimento nominal de 15,72%.

Como explicar um corte de gastos na ordem de 25,9 bilhões com uma economia em plena recuperação? O mais revoltante é saber que o corte no orçamento atingirá os benefícios de prestação continuada (BPC), a educação, a saúde e até mesmo acabar com a referência do salário-mínimo para o seguro-desemprego e outros direitos essenciais.

A explicação está na pressão para manter intocável o rentismo da Faria Lima. Passa pelo famigerado teto de gastos do governo golpista do Temer (EC 95/2016), que congelou por 20 anos o orçamento das políticas sociais para tranquilizar os que se locupletam com a dívida pública. E pelo chamado arcabouço fiscal, negociado com o Congresso Nacional nos primeiros meses do governo Lula.

Em que pese liberar mais espaço para aumentar gastos sociais que a EC 95/2016, os limites estabelecidos por esta fórmula fiscal estrangulam os investimentos para reconstrução do Brasil e ameaçam a política de valorização do salário-mínimo e seus reflexos em benefícios sociais enquanto a parcela dos rentistas não encontra nenhum limite.

São amarras colocadas sobre a maioria do povo brasileiro enquanto os endinheirados não aceitam sequer pagar impostos progressivos.

O pacote de medidas é tão preocupante que o governo federal insinua mudar os mecanismos de financiamento das políticas públicas através de um projeto de lei que altera inclusive a constituição federal, se chocando com as expectativas populares que nos deram a vitória em 2022.

Nós sabemos que o governo sofre um grande cerco dos endinheirados da Faria Lima que chantageia permanentemente com aumento do dólar num mundo que lucra com uma escalada rumo à guerra. Não é fácil governar sendo minoria parlamentar em um congresso
preponderante de extrema direita.

Estamos acompanhando as pressões que o governo está sofrendo para contemplar a centro direita tida falsamente como vitoriosa nas eleições municipais. Não é desprezível a campanha que a mídia empresarial brasileira e estrangeira fazem para desgastar o governo.

Sabemos de tudo isso, no entanto, há outro caminho. Como sindicalistas da CUT do Rio Grande do Sul, não temos nenhuma concordância com as alternativas apresentadas e que retiram direitos ou fragilizam políticas públicas. Não podemos permitir que o governo Lula caminhe na contramão dos interesses da classe trabalhadora que ainda sofre com os efeitos da reforma trabalhista e previdenciária.

Insistimos que o caminho é taxar as grandes fortunas, revisar o conjunto de isenções tributárias que beneficiam o setor empresarial (bolsa empresário), reduzir juros, reaver direitos perdidos e enfrentar com mobilização social esse grande cerco anti-trabalhador em torno de todos nós.

Não existe a menor possibilidade de conquistarmos um país soberano e desenvolvido se não pautarmos a distribuição da renda, uma política permanente de melhorias no salário mínimo, redução da jornada de trabalho, trabalho digno diante das transformações digitais e tecnológicas, trabalho decente e proteção social nos marcos da OIT, geração de trabalho de qualidade, igualdade salarial entre homens e mulheres, política de qualificação e inclusão da juventude, instituição da renda básica universal e incondicional para garantir que todos tenham acesso aos frutos da riqueza produzida.

Com essas propostas poderemos se contrapor a ofensiva neoliberal que quer submeter o Brasil aos interesses do capital financeiro.

 Direção Executiva da CUT/RS

GOVERNO FEDERAL ATENDE DEMANDAS DA CUT-RS E CENTRAIS E ANUNCIA NOVAS MEDIDAS DE APOIO AOS TRABALHADORES DO RS

Reunião de dirigentes da CUT-RS e centrais com o ministro 
Paulo Pimenta, semana passada

Reunião de dirigentes da CUT-RS e centrais com o ministro Paulo Pimenta, semana passada



A criação da Medida Provisória 1.230 que oferece um salário mínimo por dois meses aos trabalhadores afetados pela enchente (duas parcelas de R$ 1.412,00) e a prorrogação dos acordos e convenções coletivas de trabalho por quatro meses, representa um avanço importante no auxílio dos trabalhadores.

As empresas precisam aderir ao programa para que os trabalhadores recebam o benefício financeiro nos meses de julho e agosto. Em contrapartida, as empresas precisam manter o empregado por pelo menos quatro meses (dois do benefício e mais os dois meses seguintes).

Desde 12 de maio, a CUT-RS e o Fórum das Centrais Sindicais cobravam do governo ações de apoio aos trabalhadores e a presença dos sindicatos durante o processo de manutenção dos empregos.

O objetivo era a criação de uma medida que garantisse o emprego e a renda dos trabalhadores afetados, formais, informais e agricultores familiares e empregados rurais e um auxílio que também acolhesse empresas de médio e pequeno porte.

Vitória importante

Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, essas novas medidas representam um avanço diante da crise. “Consideramos que esse anúncio é uma vitória importante. Vamos poder observar nos próximos dois meses, quais as outras políticas de auxílio e proteção aos empregos deverão ser tomadas nesse período.” afirma.

Amarildo Cenci - CUT-RS

Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

O próximo passo da CUT e centrais é garantir que as medidas anunciadas entrem em prática o mais rápido possível e que as empresas cadastrem seus trabalhadores para que eles recebam os benefícios.

Outro ponto importante também é garantir a presença dos sindicatos fiscalizando o cumprimento das medidas.

Ultratividade das convenções e acordos

A prorrogação das convenções e dos acordos coletivos (ultratividade) e a garantia da negociação pelas entidades sindicais era uma das principais reivindicações da CUT e demais centrais sindicais.

No anúncio, quinta-feira (06), o ministro da Pasta, Luiz Marinho, afirmou que a ultratividade  foi incluída na MP “para atender ao pedido dos trabalhadores e das trabalhadoras”.

Leia mais clicando no link:

Governo Federal anuncia ajuda às empresas pagando 2 salários a 430 mil trabalhadores do RS

CUT-RS, Centrais Sindicais e Federações participam de reunião com Ministro do Trabalho e cobram novas medidas de apoio aos trabalhadores

Fonte: CUT-RS e Ministério do Trabalho e Emprego
Fotos: CUT-RS

CUT-RS E CENTRAIS COBRAM MEDIDAS PARA AMPARAR TRABALHADORES DURANTE VISITA DE ALCKMIN AO RS

“Não há nenhuma razão para tirar nenhum direito”,  afirmou Alckmin

“Não há nenhuma razão para tirar nenhum direito”, afirmou Alckmin



Em visita ao estado, na última segunda-feira (27), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin participou de encontro com representantes da CUT-RS e da CTB, para uma conversa sobre as demandas do setor trabalhista diante do momento de calamidade pública no Estado.

Alckmin também anunciou auxílio de R$ 15 bi a empresas afetadas pelas enchentes no RS.

Foi entregue um documento, elaborado pela CUT-RS em conjunto com a CTB e demais centrais sindicais, com as principais demandas como a garantia de auxílio emergencial, ajuda aos setores impactados, proibição de dispensas, abono de faltas e prorrogação do tempo para negociações de convenções coletivas de trabalho pelos sindicatos.

“Não há nenhuma razão para tirar nenhum direito.” afirmou Alckmin durante conversa.

Para o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, o encontro foi o momento de “reafirmarmos a necessidade de uma medida que assegure os direitos dos trabalhadores, o emprego e a renda.”

O movimento sindical também reforçou a importância de programas de auxílio a juro zero, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).

Fonte: CUT-RS com informações do Brasil de Fato RS
Foto: CUT-RS

CUT-RS ATUA NA LINHA DE FRENTE PARA AJUDAR POPULAÇÃO AFETADA PELAS ENCHENTES NO RS

Fotos: Matheus Piccini / CUT-RS

Fotos: Matheus Piccini / CUT-RS



O estado vem sendo afetado pela maior crise ambiental da história, já chega a 147 o número de mortos, 125 pessoas estão desaparecidas e 806 feridos. Ao todo, segundo a Defesa Civil, mais de 1,4 milhões de pessoas foram afetadas pelas enchentes no RS, que tem neste  momento 538,5 mil desalojados e 76,8 mil pessoas em abrigos (dados atualizados dia 14).

Em meio à situação de calamidade pública no estado, a CUT-RS assumiu o compromisso com os trabalhadores e trabalhadoras afetados pela enchente e está atuando na linha de frente para ajudar a população. Foi criada uma campanha de solidariedade que está arrecadando doações via PIX, destinadas às principais demandas urgentes do momento.

Para onde vai o dinheiro arrecadado pela CUT-RS?

Na manhã de quarta-feira (8), a sede da CUT em Porto Alegre recebeu um caminhão carregado de água, comprado com o dinheiro arrecadado. Os fardos de água serão destinados para as cozinhas comunitárias e para a população nos abrigos. Desde domingo, a capital gaúcha vem enfrentando um grave problema no abastecimento de água na cidade fazendo com que muitos locais estejam sem acesso à água.

Além da compra de água, a CUT também fez a compra de dezenas de cestas básicas e insumos, colchões para serem repassados às cozinhas comunitárias e abrigos.

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CUT Comunidade

As 22 cozinhas comunitárias que fazem parte do projeto CUT Comunidade já produziram cerca de 9 mil marmitas, com uma média de 300 refeições por dia sendo distribuídas para abrigos e para a população em situação de risco.

A CUT mantém o contato direto com as lideranças das cozinhas, monitorando a produção e entrega dos alimentos, bem como, o abastecimento das cozinhas. Com a compra de arroz, feijão, azeite, legumes, mistura, gás de cozinha e água. Além da compra, a CUT também redireciona as doações de alimentos arrecadadas pelos sindicatos filiados.

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Saiba como ajudar

Doações em dinheiro podem ser encaminhadas para o pix 51996410961.

Dados bancários CUT RS
Banco Nº133 – CRESOL 02
CNPJ: 60.563.731/0014-91
Agência 5607
Conta corrente 18.735-6

Fonte: CUT-RS
Fotos: Matheus Piccini/CUT-RS

EM CHAPA DE UNIDADE, AMARILDO CENCI É REELEITO PRESIDENTE DA CUT-RS

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A chapa de unidade, liderada pelo atual presidente da CUT-RS, professor Amarildo Cenci, foi eleita por unanimidade para o mandato de 2023-2027 da entidade, na tarde deste sábado (5), no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa. “Queremos que a classe trabalhadora seja cada vez mais protagonista na reconstrução do nosso país”, disse o dirigente reeleito.

Amarildo foi reeleito por unanimidade

Amarildo foi reeleito por unanimidade no Congresso

Mais de 400 delegados e delegadas do campo e da cidade, dos setores público e privado, participaram do 16º Congresso Estadual da CUT do Rio Grande do Sul (16º CECUT-RS), além de observadores e convidados, sob o lema “Luta, direitos e democracia transformam vidas”. O encontro foi aberto no início da noite de sexta-feira (4), com a presença do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

O Sindivigilantes do Sul foi representado pela diretora Elisa Araújo e o diretor José Airton Trindade, como delegados da categoria, que acompanharam todo o evento, sexta-feira e sábado, e também votaram pela eleição unânime de Amarildo e da chapa de unidade.

José Airton e Elisa Araújo representaram a categoria dos vigilantes no congresso

José Airton e Elisa Araújo representaram a categoria dos vigilantes no congresso (Foto: Sindivigilantes do Sul)

Além de Amarildo, que é também diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro-RS), foram igualmente reeleitos, dentre outros, o vice-presidente da CUT-RS, Everton Gimenis, que é diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre; a secretária-geral Vitalina Gonçalves, que é presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública Municipal de Gravataí (SPMG); e o secretário de Administração e Finanças da CUT-RS, Antônio Güntzel, que é sapateiro de Nova Hartz.

Volta do CPERS Sindicato

A nova direção tem a volta de dirigentes do CPERS Sindicato, que se refiliou à CUT no último dia 14 de julho. A presidente Helenir Aguiar Schürer será a secretária de Formação da CUT-RS e a secretária-geral Suzana Lauermann, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS.

Também foram eleitos para a nova gestão o presidente do Sindiágua-RS, Arilson Wünsch, que será o secretário de Meio Ambiente da CUT-RS; o presidente do Sindisaúde-RS, Júlio Jesian, que assumirá o cargo de secretário de Saúde do Trabalhador da CUT-RS, e o coordenador-geral da Fetraf-RS, Douglas Cenci, que será o secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-RS.

Três dirigentes não estão na nova direção da CUT-RS. O secretário de Comunicação, Ademir Wiederkehr, e a secretária da Mulher Trabalhadora, Mara Weber, se aposentaram, mas continuarão na luta. Já o ex-presidente Claudir Nespolo, apoiado pelo movimento sindical, é desde 17 de março o superintendente regional do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ademir Wiederkehr e Mara Weber deixaram a direção

Ademir Wiederkehr e Mara Weber deixaram a direção

A eleição ocorreu no final do segundo dia do congresso, que começou com uma exposição sobre a autonomia do Banco Central e a sua política de juros altos, a exibição de um vídeo de balanço da gestão 2019-2023, a aprovação de resoluções sobre estratégias da CUT para o próximo período e do plano de lutas.

Leia mais

“Estamos vivos, resistentes e mais fortes”, diz Amarildo na abertura do 16º CECUT-RS

Confira a nova direção da CUT-RS

Presidente
Amarildo Cenci

Vice-presidente
Everton Gimenis

Secretária-geral
Vitalina Gonçalves

Secretário de Administração e Finanças
Antonio Güntzel

Secretária de Formação
Helenir Aguiar Schürer

Secretário de Comunicação
Maria Helena de Oliveira

Secretário de Organização e Política Sindical
Alfredo Gonçalves

Secretária de Combate ao Racismo
Isis Garcia

Secretária da Mulher Trabalhadora
Suzana Lauermann

Secretário de Relações de Trabalho
Tiago Vasconcelos Pedroso

Secretário de Políticas Sociais
Ana Godoy

Secretária de Juventude
Caroline Barros da Silva

Secretário de Meio Ambiente
Arilson Wünsch

Secretário de Saúde do Trabalhador
Jílio Jesien

Secretária de Assuntos Jurídicos
Silvana Piroli

Secretário de Cultura
Paulo Farias

Secretário de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais
Douglas Cenci

Secretária Executiva
Ivoni Marilei Rufino

Diretor(a) estadual
Adriana Machado de Assis
Aurélia Alves
Bianca Macedo da Costa
Cecília Bernardi
Cleonice Back
Cristiano Correa
Cristina Viana dos Santos
Dary Beck Filho
Doris Nogueira
Elaine Lorini
Eleandra Koch
Eloiz Cristino
Elton Oliveira Lima
Gerson Mattos
Gerson Pereira
Irineu Miritz Silva
João Emerson Campos
Marcelo Carlini
Maria Lucia Correa
Paulo Madeira
Paulo Rocha
Sávio Andre dos Santos
Terezinha Perissinotto
Walter Fogaça

Fotos: Matheus Piccini / CUT-RS
Fonte: CUT-RS

16º CONGRESSO DA CUT-RS TEM MAIS DE 400 DELEGADOS INSCRITOS

Congresso da CUT-RS - site



Sob o lema “Luta, Direitos e Democracia que transformam vidas”, o 16º Congresso Estadual da CUT Rio Grande do Sul (16º CECUT-RS), que será realizado nos dias 04 e 05 de agosto no Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa, já tem a programação definida, com a participação do presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre.

Estão inscritos mais de 400 delegadas e delegados e mais de 40 observadoras e observadores, que foram eleitos pelas entidades filiadas.

Nos últimos quatros anos, apesar da pandemia, mais de 30 sindicatos se filiaram ou se refiliaram à CUT, como o CPERS Sindicato e o Sintrajufe-RS, dentre outros.

Além disso, várias entidades e movimentos sociais estão sendo convidadas para a cerimônia de abertura do evento, que também comemora os 40 anos de história da CUT com homenagens e confraternização.

Fundada em 28 de agosto de 1983, em plena ditadura militar, a trajetória da Central se confunde com a resistência do povo brasileiro contra o autoritarismo, a luta pelos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras e pela democracia.

Encontros dos Setores e Macrossetores

Antecedendo a abertura do 16º CECUT-RS, serão realizados Encontros dos Setores e Macrossetores para construir propostas de resoluções específicas para as lutas de cada segmento.

O primeiro a se reunir será o setor da Educação, que está marcado para a próxima segunda-feira (31), às 19h, através da plataforma Zoom, sendo preparatório para o Encontro do Macrossetor de Serviços Públicos.

Ao longo do evento, haverá mesas de debates com exposições de especialistas, balanço da atuação da CUT, aprovação de resoluções de estratégias da CUT e prioridades para o próximo periodo. Também será aprovado um plano de lutas e eleita a direção para a gestão 2023-2027.

O 16º CECUT-RS acontece antes do 14º Congresso Nacional da CUT (14º CONCUT), que será realizado entre os dias 19 e 22 de outubro, em São Paulo.

Construir e reconstruir o Brasil

O presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci, afirma que “o CECUT vai ser o momento de consolidação desse expressivo crescimento que nós tivemos no estado. É o momento para fazer um bom debate, uma boa discussão sobre como nós vamos nos organizar, que sociedade nós queremos – mais democrática, com direitos -, que país desenvolvido nós queremos, com inclusão, com sustentabilidade e com um projeto de nação, que tem soberania, mas que dialogue com o mundo”.

Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

Amarildo Cenci, presidente da CUT-RS

“Nesse congresso particularmente temos uma expectativa de que a gente aprofunde a discussão sobre qual é o papel e o projeto da classe trabalhadora. Temos claro isso no sentido de nos organizarmos para intervir melhor nos locais de trabalho, nos territórios, nos espaços sociais em que participamos e como nós podemos ser protagonistas”, ressalta o dirigente sindical.

Amarildo espera que “juntos possamos construir uma classe organizada, uma classe que se comunica e uma classe que se entenda, a fim de construir e reconstruir o Brasil. Um Brasil de direito de inclusão econômica, social e cultural, respeitando a diversidade, as etnias e todas as diversidades”.

O Brasil da classe trabalhadora

Para a secretária-geral da CUT-RS, Vitalina Gonçalves, “o congresso é um momento de reconstrução do Brasil, uma reconstrução com as duas mãos da classe trabalhadora, que aponte para um desenvolvimento sustentável, que combata a desigualdade, que traga emprego com condições e direitos para a nossa classe trabalhadora”.

“O movimento sindical mais forte e organizado traz uma classe trabalhadora mais consciente e traz a possibilidade de um Brasil que, de fato, seja o nosso Brasil. O Brasil da classe trabalhadora”, destaca Vitalina.

Vitalina Gonçalves, secretária-geral da CUT-RS

Vitalina Gonçalves, secretária-geral da CUT-RS

A coordenação do 16º CECUT-RS é integrada pelos dirigentes Amarildo Cenci, Vitalina Gonçalves, Paulo Farias, Isis Garcia, Antonio Güntzel, Maria Helena de Oliveira, Ademir Wiederkehr e Marcelo Carlini.

Confira a programação!

PROGRAMAÇÃO

SEXTA – 4 DE AGOSTO

14h às 20h30 – CREDENCIAMENTO

14h às 17h – ENCONTRO DOS SETORES E MACROSSETORES

1. Indústria
2. Serviços Públicos
3. Transporte
4. Saúde
5. Comércio e Serviços
6. Agricultura Familiar
7. Ramo Financeiro

17h30 – APROVAÇÃO DO REGIMENTO INTERNO

18h – SOLENIDADE DE ABERTURA DO 16º CECUT-RS

18h30 – PAINEL 1: CRISE DO CAPITALISMO E RUMO A UMA NOVA ORDEM MUNDIAL

Paulo Gilberto Fagundes Visentini, professor titular de Relações Internacionais da UFRGS

19h30 – PAINEL 2: A ESTRATÉGIA CUTISTA PARA RECONSTRUÇÃO DO BRASIL E O ENFRENTAMENTO AO GOVERNO EDUARDO LEITE

Sérgio Nobre, presidente da CUT Brasil
Mari Perusso, coordenadora da Bancada do PT na Assembleia Legislativa do RS

22h – CUT 40 ANOS: HOMENAGENS E CONFRATERNIZAÇÃO

SÁBADO – 5 DE AGOSTO

8h30 – PLENARINHA

10h – MESA 2: BALANÇO DA ATUAÇÃO DA CUT

9h30 – PAINEL 3: AUTONOMIA DO BANCO CENTRAL E SUA POLÍTICA DE JUROS ALTOS

Victor Pagani, supervisor técnico do Dieese em São Paulo

10h30 – MESA 3: RESOLUÇÕES DE ESTRATÉGIA DA CUT

Observação: é imprescindível que cada delegado e delegada leia o Caderno do Texto-Base do 14º CONCUT

13h – ALMOÇO

14h – MESA 4: APROVAÇÃO DAS RESOLUÇÕES DE PRIORIDADES PARA O PERÍODO DA DIREÇÃO GERAL, COLETIVOS, SETORES E MACROSSETORES

15h – APROVAÇÃO DO PLANO DE LUTAS

16h – ELEIÇÃO DA NOVA DIREÇÃO – GESTÃO 2023-2027

17h – ENCERRAMENTO

Fonte: CUT-RS

A MORTE JÁ NÃO CAUSA MAIS ESPANTO

Presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci

Presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci



Amarildo Cenci – Presidente da CUT – RS

O individualismo anda abraçado com a indiferença. O outro tornou-se instrumento do interesse próprio. Os “descartáveis” são corpos privados de direitos e estão aí para serem intermediados por aplicativos. Os desvalidos perambulam pelas ruas e são percebidos apenas como incômodo visual. O sofrimento alheio não comove mais. Para culpá-los, criou-se a meritocracia e o ópio da teologia da prosperidade. Inventou-se até um gesto para exaltação da violência: a mão em forma de arminha.

A pandemia esparramou as contradições de um sistema que se divorciou da civilização. A força educativa do trágico colocou freios na marcha em direção à barbárie. A imagem dos médicos cubanos desembarcando em Milão, epicentro da Covid-19, mostrou que a cooperação internacional é mais sensata que a usurpação da soberania e os embargos.

O silêncio dos bilionários neste momento revela que o estado democrático é preferível que a mão invisível do mercado financeiro. O esforço científico para salvar vidas é melhor que a estupidez com requintes medievais. A instalação de comitês de salvação em várias localidades revalorizou a esfera pública sufocada por mentiras logaritimizadas nos laboratórios de manipulação em massa. O cotidiano abalado pelo isolamento social se reencontrou com a sensibilidade perdida e a possibilidade do luto restaurou o sentido do cuidado com o outro.

O capitão reagiu. Restaurou o palavreado bélico. “Na guerra, as baixas são inevitáveis. Os atletas sobreviverão”. O deboche da “gripezinha” atiçou a horda que em carreatas urrou a volta ao trabalho e às compras. A máquina de fake news inundou o senso comum impaciente com a quarentena. Os cuidados afrouxarão e as consequências serão terríveis.

Os que riam com a governança mambembe do presidente que governa, como se estivesse em um boteco com um taco de sinuca na mão e o copo de cerveja na outra, estão perplexos. As instituições que sobrevivem com o mínimo de dignidade prometem conter essa opção genocida. É hora de ficar em casa e acender a luz da solidariedade. Nossa missão é defender a vida, os direitos e a democracia.

 – Artigo publicado em 03/04/2020 em Zero Hora e Sul21.