Na manhã desta quinta-feira (13), uma comissão do sindicato esteve na sede da empresa Bankfort, no bairro São Geraldo, em Porto Alegre, para cobrar o pagamento imediato dos salários dos vigilantes, que seguem atrasados em diversos postos, especialmente na rede escolar da Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
Os diretores Luiz Paulo Motta e Vilson Padia foram recebidos pelo Coordenador Operacional, Bruno Hamilton, e advogada da empresa, Mariana Medeiros. Ela admitiu os atrasos, mas não definiu uma data exata para a regularização dos pagamentos: “Até a semana que vem”, disse, acrescentando depois que o pagamento talvez ocorra até terça-feira “ou antes”.
A advogada confirmou que a Seduc já quitou a fatura do mês com a Bankfort, mas justificou os atrasos alegando que a empresa sofreu descapitalização devido aos prejuízos causados pela enchente do ano passado. No entanto, garantiu que a Bankfort está se reestruturando financeiramente e que não há risco de fechamento.
Motta e Padia destacaram que os trabalhadores têm compromissos urgentes, como aluguel e cartão de crédito, e que a empresa precisa encontrar logo uma solução definitiva, para que essa incerteza não se repita todos os meses.
Interior
Durante a reunião, o diretor José Airton Trindade, da região das Missões, participou por telefone e confirmou que os atrasos também afetam os vigilantes das escolas no interior. Segundo ele, os profissionais das coordenadorias da Seduc receberam seus pagamentos, mas os trabalhadores das escolas das regiões Noroeste, Fronteira e Missões ainda não foram pagos.
Neste sentido, os diretores ressaltaram que existe previsão de multa para salários atrasados e a advogada da empresa concordou, dizendo que a Bankfort está ciente disso.
Há relatos de atrasos que ocorreram ainda em Camaquã, Região Carbonífera e Região Metropolitana. No Litoral a situação é mesma, disse o diretor Jonatha Nunes: “Estou recebendo muitas ligações de vigilantes da Seduc de Capão da Canoa, Pinhal, Cidreira, de todo o Litoral, dizendo que a situação é insustentável e que isso tem sido recorrente”, contou.
O Sindivigilantes segue acompanhando a situação e, se necessário, tomará medidas mais firmes, por meio da assessoria jurídica, para garantir os direitos dos trabalhadores. Luiz Henrique Aguiar e Adão Ferreira também integraram a comissão do sindicato.
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Atualização: Vigilantes do Mercado Público, na capital, também não receberam ainda.