Vigilantes, por 56 votos a 19, em primeiro turno, o Senado aprovou, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 06/2019, do governo Bolsonaro (PSL), da reforma da Previdência.
Ela acaba com a nossa aposentadoria especial e muda radicalmente as regras das aposentadorias dos trabalhadores e trabalhadoras. Na prática, vai ficar impossível o trabalhador se aposentar nesse país.
Dos três senadores gaúchos, votaram à favor da tal reforma dois deles: Lasier Martins (Podemos) e Luís Carlos Heinze (PP). Apenas o senador Paulo Paim (PT) ficou do nosso lado e votou contra o governo, cumprindo o que tinha prometido.
Tanto na Câmara dos Deputados como no Senado apenas as bancadas dos partidos de esquerda nos defenderam. Os deputados e senadores do PSOL, PC do B, PSB e PT rejeitaram totalmente a reforma que nos prejudica, além da REDE, a maior parte do PDT e mais alguns votos isolados.
Cem por cento dos partidos da direita, que tem maioria, como o PSL de Bolsonaro, PP, DEM, PL, Novo, PSD, além da grande maioria do MDB, PTB e outros menores votaram maciçamente a favor das mudanças nas regras da aposentadoria. Esses partidos nos fuzilaram!
Foi a mesma coisa na reforma trabalhista. Que os vigilantes guardem bem os nomes e as siglas de quem nos apoiou e de quem nos prejudicou. Não esqueçam disso quando forem votar outra vez.
Mas nós não desistimos, ainda temos fôlego para continuar lutando, porque esse governo não terminou o serviço sujo que veio fazer. Tem mais no saco de maldades do presidente da “arminha”.
Que esses acontecimentos sirvam de lição para a categoria. Trabalhador não deve NUNCA apoiar quem está do lado patronal e ataca nossos direitos.
Devemos ter CONSCIÊNCIA DE CLASSE. O nosso lado é o lado da classe trabalhadora, contra o governo, políticos, banqueiros, empresários e os pelegos que se aliaram ao inimigo (tem muitos na categoria).
Por fim, quero cumprimentar a nossa Confederação, a CNTV, do presidente Boaventura, que nunca desistiu e travou uma brava luta para defender a nossa aposentadoria especial. Apresentou emenda, pressionou deputados e senadores, fez tudo que era possível nessa circunstância.
Eu mesmo fui a Brasília percorrer os gabinetes dos deputados gaúchos, com apoio da Confederação, pedindo apoio para os vigilantes, assim como fizeram dirigentes sindicais de outros estados.
Tenho orgulho de dizer que, logo após a nossa eleição, em 2013, nos filiamos à CNTV.
Guerreiros, guerreiras, seja qual for o resultado da segunda votação no Senado, ainda temos muita luta pela frente e precisamos estar unidos e mobilizados, para não virarmos escravos de vez.
A categoria e o sindicato precisam andar juntos, afinal de contas, juntos somos mais fortes.
Um abraço!
Sindivigilantes do Sul – Loreni Dias – Presidente