Para garantir o pagamento dos direitos dos vigilantes da Zorya Segurança e Vigilância Patrimonial, que está fechando as portas, o Sindivigilantes do Sul encaminhou documento a todos os contratantes solicitando o bloqueio das faturas e créditos que a empresa ainda tenha a receber.
Também pediu que seja feito o pagamento direto aos trabalhadores terceirizados de vigilância, sem intermediação da empresa. Os ofícios, assinados pelo presidente Loreni Dias, foram encaminhados ao Detran, Fundação Piratini – TVE e FM Cultura, Instituto Geral de Perícias (IGP) e Junta Comercial, postos que eram atendidos pela Zorya.
No documento, o sindicato informa que tomou conhecimento da rescisão de contrato da empresa de segurança privada, há poucos dias, e pede que o contratante “adote medidas necessárias para proteger os trabalhadores terceirizados”.
Além disso, esclarece que a Zorya vinha desrespeitando os direitos trabalhista dos vigilantes, com repetidos atrasos de salários, vale-alimentação e vale-transporte.
Empresa já responde a diversos processos
“O salário, vale-alimentação e transporte do mês de março que deveriam ter sido pagos até o quinto dia útil de abril, até a presente data não foram pagos”, aponta o sindicato nos ofícios. A empresa – antiga Laboral – já está respondendo a di versos processos coletivos movidos pelo sindicato por atrasos e descumprimento das convenções coletivas de trabalho.
Em razão desses fatos, o sindicato solicita “a retenção das faturas/créditos da empresa prestadora de serviço para garantir o pagamento dos créditos devidos aos empregados terceirizados”. Pede também que “sejam adotadas medidas para efetuar o pagamento direto” das verbas devidas aos trabalhadores, sem a intermediação da Zorya.
O presidente Dias pede aos vigilantes da empresa que compareçam no sindicato para receber a orientação segura dos advogados no Departamento Jurídico e que tenham cuidado com os palpites de pessoas sem qualificação para tratar do assunto.