A viagem de cinco deputadas em missão oficial pela Assembleia Legislativa, provocou o adiamento da votação do projeto das mulheres vigilantes (524/2019) para a próxima terça-feira (08), para que as parlamentares possam estar presentes. Mesmo assim, como estava previsto, a proposta entrou em discussão e foi defendida nesta terça-feira (1º) pela autora do PL, deputada Sofia Cavedon (PT).
O texto da parlamentar prevê uma reserva mínima para mulheres vigilantes de 20% das vagas nos contratos de segurança privada, vigilância e transporte de valores dos órgãos e entidades dos poderes da administração pública do Estado.
Uma emenda do deputado Delegado Zucco (Republicanos), que foi o relator na Comissão de Segurança e Serviço Pùblico, ampliou a reserva de vagas para 30%. Mas, para facilitar a aprovação, deve ser votada a proposta original, com percentual menor.
Na sua defesa do projeto na tribuna, a deputada ressaltou que as mulheres vigilantes têm a mesma formação técnica que os homens, fazem o mesmo curso, passam pelos mesmos testes, fazem o mesmo psicotécnico e recebem a mesma certificação: “Estão prontas tecnicamente para trabalhar”, disse.
No entanto, ressaltou, ocupam um número ínfimo de vagas, inclusive nos órgãos públicos. “Este projeto se refere a contratações feitas pelos órgãos públicos apenas. São órgãos públicos que, ao contratar a vigilância, se pede que reserve então, na busca de acordo que estamos fazendo, 20% das vagas para mulheres”, acrescentou.
Nenhum outro deputado se manifestou da tribuna e foi feita verificação de quórum, a pedido do deputado Miguel Rosseto (PT), conforme tinha sido combinado. Como não havia deputados suficientes no registro das presenças, a votação ficou marcada para o início da próxima sessão.
A Comissão de Mulheres e Apoiadores do Sindivigilantes do Sul estará presente, esperando que a votação e aprovação do projeto aconteça, desta vez.
Foto/Vanessa Vargas: Vigilantes, apoiadores e, na primeira fila:
Deputados(as) Delegado Zucco, Tiago Cadó, Laura Sito, Halley de Souza, vigilante Eni Severo, deputadas Sofia Cavedon e Stella Farias, Adão Pretto, Miguel Rosseto, Jeferson Fernandes e José Nunes.