Vigilantes sobrevivem a novo ataque em pedreira de Gravataí

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Leandro e Rodrigo, ao centro, que sofreram o ataque,
com os apoios do sindicato Rodrigo e Darlan

O colete balístico salvou as vidas dos vigilantes Leandro Gonzaga Duarte, 47, e Rodrigo da Cunha Alves, 34, que foram atacados e atingidos por disparos de pistola automática, na noite de terça-feira (29). Eles trabalham para a Anchieta Segurança, no posto da Pedreira Vera Cruz, em Gravataí, que já foi alvo de pelo menos meia dúzia de ataques de ladrões armados, segundo a Brigada Militar.

A dupla fazia a vigilância na pedreira, que tem uma área muito grande, por volta de 22 horas, quando ouviram um barulho vindo de um pátio externo da pedreira, onde está o maquinário e contêineres com peças, equipamentos e pneus. Ao se aproximarem do local, foram alvo de vários tiros de pistola, um deles atingindo Leandro na altura do peito, no colete.

Ele caiu e Rodrigo, ao tentar ajudar o colega, recebeu um impacto no meio das costas, também no colete. Eles não viram quem atirava mas descarregaram seus revólveres na direção de onde vieram os tiros e ouviram um carro arrancando. Um apoio do sindicato, Rodrigo Zambrano Paulo, deslocou-se imediatamente para lá, ao ser avisado, e acompanhou os vigilantes no registro de ocorrência na DP.

Um deles sofreu torção no pé, ao cair, e o outro escoriações num dos braços. Ontem ( 30) estiveram no sindicato, buscando atendimento médico. Há pouco tempo, outro vigilante, Lauro Gonçalves, também foi atingido por um disparo no colete, na mesma pedreira, e o sindicato já tinha solicitado à empresa para reforçar o contingente e iluminar o local.

Diretores do sindicato foram à Anchieta, ontem pela manhã, mas não foram recebidos pela direção da empresa. Como não foram tomadas as providências solicitadas e com a repetição do episódio, o Sindiiviglantes vai agora comunicar o Ministério Público do Trabalho (MPT), pedindo que a empresa seja intimada a tomar medidas urgentes que garantam maior segurança aos seus vigilantes.