O Sindivigilantes do Sul recebeu, nesta sexta-feira à tarde (24), a visita da deputada Estadual Sofia Cavedon (PT), que veio acompanhada do assessor Rosalino Mello. Na reunião com o presidente Loreni Dias e as diretoras Eni Severo Benites, Elisa Araújo e Rosane Schmitt, a parlamentar demonstrou grande preocupação com a situação dos trabalhadores terceirizados, como a maioria dos vigilantes, que não têm seus direitos respeitados pelas empresas.
A deputada foi vereadora em Porto Alegre durante quatro mandatos e meio, período no qual acompanhou muito de perto o drama dos terceirizados da Prefeitura. “Hoje vivemos um problemão nessa área da terceirização, inclusive com os frequentes atrasos de salários”, ressaltou.
Neste sentido, Sofia apresentou e conseguiu a aprovação de uma Lei Municipal que obriga a empresa terceirizada a comprovar, mensalmente, o pagamento em dia dos seus trabalhadores para poder receber a próxima fatura. “As empresas têm que apresentar comprovante de que está tudo em dia, ou não recebem do município”, ressaltou.
Dias e as diretoras denunciaram que a categoria enfrenta inúmeros atrasos de salários, de vale-alimentação e transporte, além dos frequentes calotes nas rescisões de diversas empresas. Citaram, entre outros exemplos, o caso recente da JOB, que tem deixado os vigilantes sem receber, sistematicamente, nos seus postos. “É um total desrespeito aos vigilantes”, disse Dias.
Também apresentaram à deputada as dificuldades que as mulheres encontram na profissão devido à discriminação, tanto que ocupam menos de dois por cento do mercado de trabalho, informaram. Ela ficou surpresa com este dado, levando em conta que não se trata de um problema de qualificação ou competência, uma vez que todas as vigilantes têm a mesma formação e cumprem as mesmas exigências para o exercício da profissão que os vigilantes homens.
Ela ainda foi informada sobre o projeto da vigilância 24 horas obrigatória nas agências bancárias, que foi aprovado e virou lei em 37 municípios, mas não está sendo cumprida em nenhuma cidade. Isto se deve, principalmente, à ação do Sicredi, que embora tenha todas as características de um banco, inclusive com um faturamento altíssimo, se apresenta como cooperativa e pressiona para que a lei não seja cumprida, informou Dias.
“Estou muito satisfeita de encontrar aqui no Sindivigilantes as mesmas preocupações que trago há muitos anos e com este novo espaço de deputada, na Assembleia Legislativa, pretendo contribuir para que haja respeito aos direitos dos trabalhadores terceirizados no Estado e para a valorização da mulher vigilante. É uma parceria que vai prosseguir e prosperar”, afirmou a deputada.
O presidente e as diretoras agradeceram a visita, colocando-se à disposição para novas reuniões e para mais informações sobre as dificuldades da categoria: “É importante sabermos que temos o apoio da deputada, esperamos o apoio da sua bancada também, para que os projetos de nosso interesse consigam tramitar e ser aprovados na Assembleia Legislativa”, concluiu Dias.