FGTS É LIBERADO PARA QUEM TEM PRESTAÇÃO DA CASA PRÓPRIA ATÉ 12 MESES ATRASADA

Medida foi aprovada pelo Conselho Curador do Fundo, que tem um representante da CUT

Medida foi aprovada pelo Conselho Curador do Fundo, que tem um representante da CUT



Com milhares de brasileiros inadimplentes por causa da crise econômica sem fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), o  Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) resolveu dar uma ajuda a quem não consegue pagar a prestação da casa própria.

Os representantes do conselho, entre eles um sindicalista da CUT Nacional, aprovaram por unanimidade a proposta de estender o prazo para que o mutuário inadimplente possa utilizar o dinheiro que tem em sua conta individual no Fundo para pagar as prestações atrasadas.

Atualmente, quem comprou a casa própria e está com três meses de atraso pode utilizar o seu saldo para pagar a dívida. O novo prazo estende até 12 meses as parcelas em atraso.

A medida passará a valer no dia 2 de maio e irá até 31 de dezembro deste ano. A ideia, segundo o economista Clóvis Scherer, que assessora a CUT no Conselho, é ajudar o mutuário endividado neste momento de crise econômica.

“Hoje calcula-se que existem 50 mil mutuários nesta situação, que devem mais de três prestações, mas como não temos um cruzamento entre quem deve e o saldo que possuem no FGTS, não podemos afirmar que a medida vai beneficiar esses 50 mil. Provavelmente, menos”, diz Scherer.

O PortalCUT apontou no último mês de março que 79% das contas do FGTS têm saldo médio de R$ 175 e não ultrapassam um salário mínimo.

Para quem optou pelo saque aniversário e já tem parte dele comprometido com alienação fiduciária (empréstimos), só poderá usar o restante do saldo para abater nas prestações em atraso.

A medida foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU) e vale para financiamentos feitos pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH)

Conselho Curador do FGTS

O Conselho Curador do Fundo de Garantia é tripartite, e é composto pelas bancadas dos trabalhadores, que a CUT faz parte, dos empresários e do governo.

Fonte: CUT Brasil