11 PARLAMENTARES DO RS QUE VOTARAM A FAVOR DA REFORMA TRABALHISTA SÃO CANDIDATOS

Onix, Heinze, Ana Amélia e Lasier são candidatos nesta eleição

Onix, Heinze, Ana Amélia e Lasier são candidatos nesta eleição



Com o voto a favor da reforma trabalhista do governo ilegítimo de Michel Temer (MDB), em 2017, deputados federais e senadores tiraram direitos da classe trabalhadora, precarizaram o mundo do trabalho, cortaram empregos com carteira assinada e aumentaram a informalidade. Além disso, dificultaram a realização do sonho da aposentadoria de milhões de trabalhadores e trabalhadoras e agora querem se reeleger.

Um total de 11 dos 16 parlamentares do Rio Grande do Sul, que foram favoráveis à maior destruição de direitos trabalhistas na história do Brasil e que foi mantida e aprofundada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), disputam cargos eletivos em 2 de outubro.

Dois concorrem para governador – o ex-ministro e deputado Onyx Lorenzoni (PL) e o atual senador Luis Carlos Heinze (PP) – e oito são candidatos a deputado federal, dentre eles o atual senador Lasier Martins (Podemos). E a candidata Ana Amélia (PSD) tenta voltar e ser eleita senadora.

O levantamento foi realizado pela CUT-RS junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Congresso Nacional. O objetivo é alertar os trabalhadores e as trabalhadoras, para que escolham candidatos comprometidos com a defesa dos direitos sociais e trabalhistas, evitando a eleição de políticos aliados às elites dominantes.

Quem votou, não volta

“O povo gaúcho tem que marcar na paleta os candidatos e seus partidos que votaram contra os interesses da classe trabalhadora. Quem votou, não volta”, afirma o presidente da CUT-RS, Amarildo Cenci.

O dirigente da CUT-RS salienta que muitos candidatos e partidos de direita e de centro-direita prometem na campanha que irão proteger os direitos dos trabalhadores, mas é apenas uma jogada eleitoreira para ganhar votos. Eleitos, defendem os projetos dos grandes empresários.

“O que vale não são as promessas, nem as emendas de recursos que os deputados destinaram aos municípios, mas sim como eles votaram em projetos que envolvem direitos da classe trabalhadora, qual é a trajetória do parlamentar e quem eles apoiam”, explica Amarildo.

Segundo ele, “ao refrescar a memória sobre os deputados e os senadores que viraram as costas para a classe trabalhadora, queremos auxiliar cada eleitor e eleitora para fazer a escolha certa de seus representantes para os governos e os parlamentos”.

“Temos que separar o joio do trigo”, defende Amarildo. “Esse time que votou a favor da reforma trabalhista mostra que não representa os interesses de quem trabalha.”

Confira os parlamentares gaúchos que votaram contra os trabalhadores e ajudaram a aprovar a reforma trabalhista e querem se eleger de novo.
(preste atenção nos partidos, também)

Candidatos a governador

Onyx Lorenzoni (PL)
Luís Carlos Heinze (PP)

Candidata a senadora

Ana Amélia (PSD)

Candidatos a deputado federal

Alceu Moreira (MDB)
Mauro Pereira (MDB)

Danrlei (PSD)

Covatti Filho (PP)
Renato Molling (PP)

Lasier Martins (Podemos)

Carlos Gomes (Republicanos)
Ronaldo Nogueira (Republicanos)

Queremos a revogação das reformas trabalhista e da Previdência

A reforma Trabalhista, que passou na Câmara dos Deputados, em 26 de abril de 2017, e no Senado em 11 de julho de 2017, virou a Lei nº 13.467, de 13 de julho de 2017.

A nova legislação, aprovada logo depois do golpe que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) em 2016, não cumpriu as promessas de geração de seis milhões de empregos, piorou as condições de trabalho, rebaixou salários, legalizou “o bico”, criou os contratos de trabalho intermitente, prejudicou a organização dos sindicatos, dificultou o acesso à Justiça do Trabalho e trouxe impactos negativos na economia do país e na Previdência Social.

Todas as mudanças causaram perdas de direitos para a classe trabalhadora.

Segundo a economista, especialista em Previdência e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Gentil, as reformas trabalhista e da Previdência contribuíram para a queda na renda e a piora na qualidade de vida dos aposentados.

A reforma trabalhista precarizou a Previdência. Sem renda não há contribuição e sem contribuição não há renda para a aposentadoria”, alerta.

Por isso, a CUT e as centrais sindicais defendem a revogação das reformas trabalhista e da Previdência.

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Fonte: CUT RS