SINDIVIGILANTES ALERTA CEASA PARA RISCO NA SEGURANÇA COM NÚMERO REDUZIDO DE VIGILANTES

Foto: CeasaRS/Facebook

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Na última sexta-feira (13), o presidente do Sindivigilantes, José Airton Trindade, acompanhado de diretores, entregou na direção da Centrais de Abastecimento RS (Ceasa), em Porto Alegre, um ofício alertando para o número muito reduzido de vigilantes no local e solicitando a contratação imediata de mais profissionais para a prestação desse serviço.

Nesse dia, fez um mês da morte do ex-diretor do sindicato Marlon Celso da Costa, assassinado na estação Anchieta da Trensurb logo após ter saído do trabalho na Ceasa. Durante o expediente, houve uma ocorrência envolvendo um visitante clandestino, que, juntamente com um grupo de comparsas, atacou e espancou o ex-diretor. Nenhum dos criminosos foi preso até o momento.

O sindicato alerta, no documento endereçado ao presidente da Ceasa, Carlos Siegle de Souza, que já houve 30 vigilantes atuando por turno, segundo levantamento feito com vigilantes que trabalharam ou ainda trabalham na central de distribuição de alimentos.

Hoje, no entanto, são apenas 11 por turno – menos da metade – e, com esse efetivo tão reduzido, não há como garantir a segurança de uma área de 43 hectares, com inúmeros prédios e pavilhões, por onde circulam cerca de 60 mil pessoas por dia, segundo reportagem do Jornal do Comércio.

“É inadmissível que um patrimônio de tamanha dimensão, com intenso fluxo diário de funcionários, consumidores, fornecedores, gestores e visitantes, seja monitorado por um efetivo tão reduzido”, diz o documento assinado pelo presidente José Airton.

“Tal cenário representa um risco elevado a todos que circulam no local, inclusive aos próprios vigilantes”, acrescenta.

O texto destaca ainda que é de conhecimento geral que, entre os frequentadores da Ceasa, há indivíduos com antecedentes criminais, como o que causou a morte do ex-diretor.

O sindicato afirma também que a implementação do monitoramento por câmeras de vídeo nas dependências da central foi usada para substituir vigilantes e reduzir custos:

“Câmeras, por mais modernas que sejam, não têm a capacidade de intervir fisicamente em ocorrências, elas apenas registram imagens”, ressalta o ofício.

Na conclusão, o sindicato solicita, urgentemente:

“a reavaliação de todo o esquema de segurança atualmente implantado na Ceasa-RS, com especial atenção à recomposição emergencial do efetivo de vigilantes, a fim de prevenir novos episódios trágicos e garantir a integridade de todos que frequentam o local”.

O documento foi recebido pelo analista de segurança da Ceasa, Fabrício Adriano da Silva, à direita na foto, para ser encaminhado à diretoria do órgão. Ao fazer esse alerta, o sindicato espera que o assunto seja tratado com a seriedade e urgência necessárias e que as providências solicitadas sejam implementadas o quanto antes.

Foto_Ceasa

O diretor Sílvio Ravanel Jr., Marcos Gesiel e Dayvy Ramos acompanharam o presidente.

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