Uma comissão de mulheres do Sindivigilantes do Sul, juntamente com a deputada estadual Sofia Cavedon (PT), esteve reunida com o pró-reitor de Planejamento e Administração da Universidade Federal de Ciências da Saúde (UFCSPA), Magno Carvalho de Oliveira, na última quarta-feira (04). Elas apresentaram as denúncias que o sindicato recebeu de assédio moral contra vigilantes da Jumper, prestadora do serviço de segurança na instituição.
As representantes do sindicato, Cristilorem Luz, Rosane Schmitz e Eni Severo, relataram ao pró-reitor que o problema atinge principalmente as vigilantes mulheres. Conforme as denúncias, elas são constantemente pressionadas e até humilhadas por chefias da empresa, que dizem que elas não são capazes para o serviço e outros comentários depreciativos.
Algumas estão tão abaladas que se encontram em tratamento psicológico. Além disso, os vigilantes não podem deixar as guaritas nem para ir ao banheiro ou aquecer uma comida e um deles chegou a ser recolhido, numa situação dessas, “por abandono do posto”, contaram.
Também acontecem trocas aleatórias de escala, a qualquer dia, sem nenhum aviso prévio, desestabilizando e desorganizando a vida dos trabalhadores(as). Quem questiona é pressionado, ameaçado com punições. e praticamente toda a equipe feminina já foi trocada desde que a Jumper assumiu o posto, disseram.
Tanto a empresa como a UFCSPA já tinham recebido uma notificação do sindicato anteriormente, mas como os problemas persistiram foi marcada essa audiência pela deputada Sofia Cavedon. Ela soube das denúncias na audiência de votação da reserva de vagas para mulheres vigilantes em uma das comissões da Assembleia Legislativa, semana passada.
Ao ouvir os relatos, o pró-reitor informou que tem outros apontamentos de reclamações e de falhas em relação á Jumper e que a empresa deverá ser substituída por outra prestadora do serviço. Porém, ainda não há definição se vai ser a segunda classificada da licitação passada ou se será feita uma nova concorrência.