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NOTA DE ESCLARECIMENTO – ELEIÇÃO

Nota de Esclarecimento site



A direção do Sindivigilantes do Sul, com sua assessoria jurídica, vem esclarecer que a decisão judicial do dia 15 de dezembro sobre a eleição no sindicato não determinou data ou prazo para que seja realizada nova eleição.

A decisão dos desembargadores somente manteve a sentença de refazer a votação na sua totalidade, invalidando os votos que tinham sido recolhidos, assim como manteve a validade dos editais, das chapas inscritas e da Comissão Eleitoral.

Também é importante ressaltar que ainda cabe recurso dessa decisão, há pontos importantes a serem esclarecidos e o sindicato vai buscar estes esclarecimentos.

Além disso, está autorizada judicialmente a prorrogação do mandato da atual direção, até que ocorra o trânsito em julgado destas decisões.

Portanto, conforme o Judiciário, a retomada do processo eleitoral ainda está em aberto, estão pendentes possíveis recursos e o mandato da diretoria poderá ser novamente prorrogado.

Porto Alegre, 22 de dezembro de 2021.

Loreni Dias – Presidente
Sindivigilantes do Sul

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VIGILANTES DA UNIVIG COM SALÁRIOS ATRASADOS DEVEM COMPARECER NO SINDICATO (URGENTE)

O sindicato já encaminhou ofício para todos os postos, solicitando que retenham faturas e paguem direto aos trabalhadores.



Os vigilantes da Univig Vigilância Patrimonial que estão sem receber salários e décimo-terceiro salário, de todos os postos nesta situação, devem comparecer no plantão da assessoria jurídica do sindicato, com urgência, para ajuizarem ações de rescisão indireta de contrato por descumprimento de obrigações trabalhistas, bem como para cobrar o pagamento de todos os atrasados e dano moral.

Segundo o assessor jurídico, advogado Maurício Vieira da Silva, o sindicato já encaminhou ofício para todos os postos da Univig, solicitando que retenham as faturas da empresa e façam os pagamentos diretamente para os trabalhadores.

A Univig também já foi notificada pelo sindicato, que vai providenciar as aços judiciais necessárias para garantir os direitos dos vigilantes. Numa reunião com diretores da empresa, semana passada, eles tinham se comprometido em fazer os pagamentos até sexta-feira, mas não cumpriram a promessa.

Na manhã de hoje, os diretores Luiz Henrique Aguiar, Elisa Araújo e o assessor jurídico Maurício foram até a empresa cobrar explicações e foram recebidos pelo dono da Univig, Thiago Rodrigo da Silva, e um diretor, Roni Silveira. Thiago disse que a empresa está em dificuldades, mas garantiu que não está declarando falência, vai continuar em atividade, e também não teria perdido o alvará de funcionamento.

Informou ainda que a Univig teria cerca de um milhão e setecentos mil reais bloqueados judicialmente, devido a processos nos quais foi considerada integrante do grupo econômico da família Prates (da empresa Job). Ele nega que a Univig faça parte desse grupo.

Documentos para trazer

A assessoria jurídica tem plantões segunda, terça e quarta-feira, das 10h às 14h.  Os vigilantes que vierem ao sindicato devem trazer:

– Cópia da carteira de trabalho, das páginas com foto, qualificação e contrato (a cópia pode ser feita no sindicato).

– RG e CPF.

– Últimos quatro extratos bancários para comprovar o pagamento do salário em atraso.

– Últimos quatro contracheques.

– Extrato analítico do FGTS, que pode ser encontrado com um aplicativo disponível no link: https://www.caixa.gov.br/beneficios-trabalhador/fgts/extrato-fgts/PAGINAS/DEFAULT.ASPX

Vigilantes da Univig em postos do interior podem telefonar para o sindicato, nos horários de plantão, para falar com o advogado. Vão receber a ficha de entrevista e encaminhar documentos por whatsapp e correios.

Com essa documentação vai ser possível a assessoria jurídica comprovar o descumprimento das obrigações elementares do contrato para obter na Justiça do Trabalho a antecipação de tutela, com rescisão de contrato, a liberação do Fundo de Garantia e do seguro desemprego e o bloqueio de faturas, para garantir o resultado do processo de cobrança dos valores em atraso.

Sindivigilantes do Sul

Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 595, 5º andar, salas 501/502, no Centro Histórico, próximo à Tumelero e Estação Rodoviária.

Telefones:
(51) 3224-4545
(51) 3225-5070
(51) 3024-5115
(51) 3226-4584

 

 

 

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DIRETORES COBRAM MELHORIAS NO POSTO DA TRENSURB

Adão e Motta estiveram na sede da empresa

Adão e Motta estiveram na sede da empresa



Os diretores Luis Paulo Motta e Adão Ferreira da Silva estiveram hoje, segunda-feira (20), na sede administrativa da Trensurb – Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre, onde foram solicitar melhores condições de trabalho naquele posto. 

Eles viram e confirmaram as reclamações que o sindicato recebeu, de que o vigilante de plantão precisa percorrer uma área muito grande, pelo menos 12 vezes em cada turno, sem dispor de água ou banheiro no percurso, entre outros problemas.

Eles foram recebidos pelo gestor do contrato, que reconheceu as dificuldades dos vigilantes e se mostrou receptivo às demandas do sindicato. Foi prometido aos diretores que a empresa vai tomar medidas para melhorar esta situação, inclusive com a contratação de mais vigilantes, além de providenciar água e banheiro, entre outras melhorias.   

O sindicato vai acompanhar as providências e os diretores vão retornar ao local, posteriormente, para confirmar se aconteceram mesmo as melhorias prometidas.  

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BENINI PERDE MAIS UMA AÇÃO JUDICIAL CONTRA O PRESIDENTE DIAS

Justiça



O ex-diretor Leandro Benini perdeu mais uma ação judicial contra o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias. Ele ingressou com processo de indenização por danos morais contra Dias por causa de “palavras desonrosas” que o presidente teria dito, numa conversa privada com outro ex-diretor, Darlan Alves, por Whatsapp. 

A sentença da juíza Márcia Kern, do 6º Juizado Especial Cível, considerou improcedente o pedido de Benini, apontado no despacho como “litigante contumaz e não, realmente, alguém ofendido por palavras de um desafeto”. O documento afirma também que ele apresentou prova obtida de forma ilícita. 

Litigante contumaz é quem insiste em ajuizar ações contra alguém, repetidamente, mesmo perdendo os processos. 

Mas a sentença, do dia 08 de dezembro, não se limita a refutar a acusação do Benini, também aponta o papelão que fez Darlan Alves, pois Benini apresentou como suposta prova uma ata notarial, onde Darlan transcreveu uma conversa dele com o Dias pelo Whatsapp. 

A defesa do presidente, apresentada pelo advogado Maurício Vieira da Silva, além de negar o teor da suposta prova, sustentou que se tratou de uma conversa privada do Dias com Darlan e não poderia ser divulgada sem o consentimento de ambos. 

Também ressaltou que os dois são adversários, que Darlan é aliado político do Benini e preparou uma armadilha para o Dias. 

A juíza acolheu o argumento da defesa:

“Após a leitura da ata, restou evidenciado que se tratou de mensagem enviada por aplicativo de conversa, portanto, não foi em uma rede social, e que o interlocutor do réu (Darlan) agiu com EXTREMA MÁ-FÉ na sua divulgação ao autor (Benini)”, diz a sentença. (grifo nosso)

Segundo a juíza, as provas anexadas foram obtidas “por meio ilícito, funcionando aquele que deu acesso às conversas (Darlan) ao autor como alguém cujo interesse não é manter uma convivência pacífica e harmônica com o meio social, O QUE É LAMENTÁVEL”. (grifo nosso)

Não comprovou nada

Quanto ao Benini, a sentença diz que não são mais segredo para ninguém “as desavenças e animosidades” entre ele e o presidente. Também negou o dano moral, pois faltou ele demonstrar perda de clientela, perda de prestígio ou abalo emocional para exigir indenização: “Nada disso foi comprovado”, diz a juíza, que acrescentou:

“Por fim, é de importância suprema lembrar que o processo judicial é uma garantia constitucional, um instrumento de pacificação social, com a resolução de conflitos, o que não se afigura no caso concreto, especialmente, pelo pedido de dispensa de conciliação, bem como os inúmeros petitórios levados a efeito pelo demandante, que evidenciam postura de LITIGANTE CONTUMAZ e não, realmente, alguém ofendido por palavras de um desafeto”.  (grifo nosso)

Diante disso, a magistrada concluiu que a demanda do Benini não procede e indeferiu o pedido de indenização por dano moral. Ainda cabe recurso da sentença. 

Leia também: 

LEANDRO BENINI PERDE AÇÃO CONTRA O SINDICATO

EX-DIRETOR BENINI PERDE AÇÃO JUDICIAL CONTRA O PRESIDENTE DIAS

 

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ASSESSORIA JURÍDICA TERÁ PLANTÕES NORMAIS DURANTE O RECESSO DO JUDICIÁRIO



A assessoria jurídica trabalhista do Sindivigilantes do Sul continuará com seus plantões normais na sede do sindicato durante o recesso do Poder Judiciário, que começa hoje (20) e vai até o dia 06 de janeiro. Apenas os plantões previdenciários com a dra. Ana Paula Brito Fogaça, que acontecem às quintas-feiras, estarão suspensos nestes dias.

O sindicato está localizado na Rua Voluntário da Pátria, 595/salas 501/502, no Centro Histórico de Porto Alegre, próximo à Tumelero e Estação Rodoviária.

Atendimento no escritório

O escritório da assessoria jurídica – Young, Dias, Lauxen & Lima Advogados Associados – não terá expediente do dia 24 de dezembro até 03 de janeiro. Será retomado o atendimento, com equipe reduzida, no dia 04/01, voltando o atendimento normal dia 19 de janeiro.

Telefones agendamento de horário no escritório durante o recesso: (51) 98037-1801 /99905-7260 ou 3589-5507.

BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO, COM MUITA SAÚDE, PAZ, ALEGRIAS E REALIZAÇÕES PARA TODOS (AS) E SUAS FAMÍLIAS!

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SINDICATO EXIGE EXPLICAÇÕES E PROVIDÊNCIAS DA GESEG PARA DENÚNCIAS DE IRREGULARIDADES

Caso não haja resposta imediata da empresa, o sindicato vai mover ação judicial para defesa dos direitos dos trabalhadores, além de encaminhar denúncia aos órgãos competentes.



O Sindivigilantes do Sul encaminhou notificação à Geseg  Segurança e Escolta Armada, com sede em Cachoeirinha, exigindo explicações e providências para as denúncias sobre várias irregularidades que a empresa estaria cometendo, em prejuízo dos seus vigilantes. Estas seriam algumas delas:

– Segundo as denúncias anônimas, a Geseg não está pagando o adicional de troca de uniforme previsto na norma coletiva;

A empresa exige mas não fornece o uniforme, entrega apenas uma camisa com sua logomarca aos trabalhadores. O restante, conforme as denúncias, eles mesmos precisam comprar e arcar com os custos;

– Não tem local na empresa para troca de uniforme;

– A Geseg não está pagando o vale-alimentação previsto na convenção coletiva de trabalho;

– Os vigilantes não têm intervalo intrajornada, mas precisam marcar no ponto como se tivessem;

– Os trabalhadores não podem marcar a jornada correta no ponto. A empresa permite apenas a marcação de 190,40 horas normais e o que for acima disso não pode marcar e nem é pago como extra;

– A empresa está atrasando em torno de 48 dias o pagamento do auxílio combustível, que ela criou, sendo que neste período os trabalhadores precisam arcar com este custo do próprio salário;

– Também estão sendo pagas com atraso as diárias criadas pela empresa, no valor de 15,00 para quem termina uma missão após as 07 horas e R$ 25,00 após as 13h. Os trabalhadores pagam almoço e café do próprio bolso e a empresa faz o ressarcimento quase dois meses depois.

– Todos os vigilantes precisam ficar 24 horas à disposição da empresa para assumir uma missão a qualquer hora, inclusive para viagens, mas a empresa não paga por esse tempo à disposição.

– A empresa teria imposto a seus empregados a redução de jornada e salário, com base nas medidas provisórias do governo, mas os vigilantes não tiveram a redução de jornada, apenas seus salários foram reduzidos. Isto é um fato grave, pois implicaria numa fraude da empresa.

– O FGTS não está em dia;

– A partir de janeiro de 2021 a empresa passou a fazer descontos indevidos nos contracheques por valores que teria pago “a maior” de adicional noturno, mas como isso sempre foi pago ao longo dos anos, o benefício se incorpora ao contrato de trabalho e não pode mais ser suprimido sob pena de ofensa à regra do artigo 468 da CLT, diz a notificação.

No documento, o sindicato cobra explicações da empresa e o pagamento retroativo aos vigilantes de todos os seus direitos e benefícios previstos na Convenção Coletiva de Trabalho, como vale-alimentação e adicional de troca de uniforme, entre outras providências.

Caso não haja resposta imediata da Geseg neste sentido, a assessoria jurídica adianta que vai fazer denúncia contra a empresa junto ao Ministério Público do Trabalho, Ministério do Trabalho e Emprego e Polícia Federal. Também fará o ajuizamento de ação judicial para defesa dos direitos dos trabalhadores.

 

 

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UNIVIG DIZ QUE VAI PAGAR SALÁRIOS E DÉCIMO-TERCEIRO ATÉ SEXTA-FEIRA (17)

Caso a empresa não regularize tudo, imediatamente, o sindicato vai fazer denúncia à Polícia Federal, ao Ministério Público do Trabalho, e ajuizar ação judicial.



A Univig Vigilância Patrimonial informou ao Sindivigilantes do Sul que pretende realizar todos os pagamentos dos vigilantes em atraso até sexta-feira, dia 17, incluindo o salário de novembro e décimo-terceiro salário. Dois representantes da empresa, Roni Silveira e Valter Hugo Malta, compareceram no sindicato terça-feira (14), sendo recebidos pelo diretor Ivo Carioca e o assessor jurídico, advogado Maurício Vieira da Silva.

Eles garantiram que, a partir de janeiro, não haverá mais atrasos nos pagamentos. Assumiram ainda o compromisso de fornecer, nesta quarta-feira, a documentação de recolhimento do FGTS e comprovantes dos valores descontados para o INSS dos contracheques dos trabalhadores, que o sindicato solicitou na notificação que encaminhou à empresa.

O sindicato alertou na notificação que os atrasos salariais se enquadram como crime previsto na Constituição, “o que será levado ao conhecimento da Polícia Federal, para que tome as medidas que entender cabível”.

Caso a empresa não regularize tudo esta semana, inclusive o vale-alimentação e vale-transporte, o sindicato também deverá apresentar denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho, assim como o ajuizamento de ação judicial, para defesa dos direitos dos trabalhadores.

“Esperamos que a empresa cumpra logo o que prometeu e pague tudo que deve ao vigilantes, ou vamos tomar medidas mais drásticas, já chega de tantos atrasos”, disse o presidente Dias.

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SINDICATO FAZ MELHORIAS NA COLÔNIA DE FÉRIAS PARA MAIS CONFORTO DOS SÓCIOS (AS)

Churrasqueira e chaminé foram reformadas

Churrasqueira e chaminé foram reformadas



O sindicato fez diversas melhorias na colônia de férias, na Praia do Magistério, em Balneário Pinhal, para receber os sócios nesta temporada.  Foi concluída, por exemplo, uma reforma completa da churrasqueira coletiva e da chaminé, além da manutenção de toda a rede elétrica da pousada, para maior conforto e segurança dos hóspedes.

Alguns apartamentos que estavam precisando de reparos foram pintados, os registros de diversos chuveiros foram trocados e os extintores de incêndio receberam a recarga nova. No salão e nas demais dependências, está tudo organizado para que os visitantes cheguem e se sintam bem, como se estivessem na sua casa.

Ainda há vagas para quem quiser passar as festas do Nata e Ano Novo na colônia de férias. São 58 apartamentos, no total, com cama de casal, beliche, cozinha e banheiro individual, além da churrasqueira coletiva e o salão de festas.

O agendamento das reservas é sempre para sete dias, direto no sindicato. Para mais informações, ligue: (51) 3224-4545 ou 3225-5070

Planeje suas férias, faça sua inscrição e seja bem-vindo (a)!

Veja o álbum de fotos clicando aqui.

 

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SAIBA OS DIREITOS QUE O GOVERNO QUER TIRAR COM NOVA REFORMA TRABALHISTA

Reforma de Temer, em 2017, só tirou direitos e desemprego aumentou (Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil)

Reforma de Temer, em 2017, só tirou direitos e desemprego aumentou (Foto: Rovena Rosa - Agência Brasil)



No dia 1º de setembro deste ano o governo de Jair Bolsonaro (PL) sofreu uma derrota no Senado, quando foi rejeitada a proposta de uma nova reforma trabalhista que criava novas formas de contratação de jovens e vagas sem direito a férias, 13º salário e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).

Mas o governo não desiste e vai tentar, mais uma vez, passar outro saco de maldades contra os trabalhadores e trabalhadoras (veja detalhes abaixo).

Como se já não bastasse a reforma trabalhista de 2017, que retirou mais de 100 direitos contidos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), promovida por Michel Temer (MDB-SP), com a promessa de criar milhões de empregos.

Quatro anos depois da reforma de Temer, porém, temos como resultado mais de 13 milhões de brasileiros desempregados e 73,2 milhões de trabalhadores sem direito algum (37 milhões de informais, 25,4 milhões que trabalham por conta própria e 10,8 milhões trabalhando sem carteira assinada).

“O golpe do Temer contra a presidente Dilma foi para isso mesmo, o Temer se aliou com a direita para fazer essa reforma que tirou os direitos dos trabalhadores e só favoreceu os empresários”, disse o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias.

“Por isso trabalhador tem que votar em trabalhador, porque se votar nos candidatos dos empresários o resultado é este, eles fazem reformas contra os próprios trabalhadores”, completou Dias.

Grupo do Ministério do Trabalho fez propostas

Mas neste governo tudo pode piorar e o Grupo de Altos Estudos do Trabalho (GAET), criado pelo Ministério do Trabalho e Previdência, acaba de fazer um “relatório” propondo várias mudanças para uma nova reforma trabalhista, que só prejudicam os trabalhadores em favor dos patrões.

O grupo é composto por ministros do governo, desembargadores e juízes da justiça do trabalho, procuradores, economistas, pesquisadores, advogados das empresas, mas não tem qualquer participação de sindicatos e representantes dos trabalhadores.

330 alterações na legislação

As 262 páginas do documento entregue ao Conselho Nacional do Trabalho, no final de novembro, trazem pelo menos 330 alterações em dispositivos legais, a inclusão de 110 regras, alteração de 180 e revogação de 40. Mas não há uma única linha, artigo ou sequer uma vírgula que proteja o trabalhador.

Para o secretário de Assuntos Jurídicos da CUT, Valeir Ertle, as mudanças propostas são mais uma tentativa de Bolsonaro de impor os temas contidos nas Medidas Provisórias (MPs) que o Congresso Nacional já rejeitou.

“É um programa que visa explorar o trabalhador e destruir os postos de trabalho de qualidade. Querem aprovar isso sem passar pelo debate com a sociedade, com os sindicatos e os trabalhadores. A CUT e as centrais sindicais não concordam em nada com essa proposta patronal”, diz o dirigente.

“É a versão dos empresários e do governo, querendo enriquecer mais ao custo de suor e lágrimas dos trabalhadores”, completou.

As maldades contidas na proposta

José Eymard Loguércio , do escritório LBS Advogados que atende a CUT Nacional, analisou algumas das mudanças que estão propondo e que atingem diretamente os direitos dos trabalhadores.

1 – Libera o trabalho aos domingos

Como é hoje: A Constituição diz que o descanso semanal é preferencialmente aos domingos, o que sempre a legislação brasileira levou em consideração. Há setores como comércio, saúde e transporte e atividades consideradas essenciais, entre outros, que já tem regulamentado o trabalho aos domingos, mas o trabalhador tem direito ao descanso neste dia a cada três semanas (uma vez por mês, ao menos) e para as mulheres a cada duas semanas, como no caso do comércio ou dependendo da atividade.

É uma escala para que seja respeitado o direito do trabalhador a passar um domingo em família.

Como ficaria: A proposta do GAET libera o trabalho aos domingos para todas as atividades, sem necessidade de autorização ou de negociação coletiva.

O jornal Folha de São Paulo publicou que o tal grupo propõe uma mudança no artigo 67 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), de modo que fique estabelecido que “não há vedação ao trabalho em domingos, desde que ao menos uma folga a cada sete semanas do empregado recaia nesse dia”, ou seja, o trabalhador teria apenas um domingo de folga a cada dois meses.

2- Proíbe trabalhador de aplicativo de ser CLT

Uma das maldades contidas na proposta é que literalmente proíbe motoristas, entregadores e outros profissionais que trabalham por aplicativo de ter os mesmos direitos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Com isso, o trabalhador ficaria sem direito ao 13º, férias, descanso remunerado, FGTS e outros benefícios.

Como é hoje: Atualmente a Justiça do Trabalho tem dado ganho de causa em muitas ações de motoristas e entregadores que pedem vínculo empregatício com empresas de plataformas digitais como Uber, Ifood, etc.

Como ficaria: A proibição do trabalhador  de ter direitos garantidos pela CLT pode ser estendida para além de motoristas e entregadores a qualquer profissional que atue em empresa de plataforma.

“ Hoje existem também aplicativos para jornalistas, arquitetos, advogados e outras profissões. Qualquer um pode se encaixar nesse critério. Aqui é o inverso do que outros países como Espanha e Inglaterra, que têm reconhecido esse trabalhador como assalariado”, ressalta o advogado.

3- Dívidas trabalhistas

Como é hoje: Sócios de empresas que não pagam direitos trabalhistas e perdem ações na Justiça podem ter seus bens bloqueados até a quitação da dívida. A Constituição reconhece que o crédito do empregado é de natureza salarial.

Como ficaria: A proposta de reforma isenta ou dificulta a responsabilidade do sócio, cabendo ao trabalhador demonstrar que houve fraude, o que é difícil comprovar. Neste caso, a proposta dificulta o acesso aos bens de qualquer sócio da empresa, inclusive o majoritário;

“O que vai acontecer ao longo do tempo é o aumento de calotes de crédito trabalhista. Determinadas faixas de empresas, sobretudo nas terceirizadas, que quando terminam seus contratos simplesmente não pagam suas dívidas junto ao trabalhador”, explica Eymard.

4- Covid-19 deixa de ser doença do trabalho

Como é hoje: O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional a proposta do governo de não considerar a covid-19 como doença do trabalho.

Como ficaria: A proposta volta à tona com a desculpa de que muita empresa está sendo demandada na justiça, com criação de passível trabalhista.

“ Isto significa mais dificuldade do trabalhador receber seus benefícios , principalmente os que tiveram sequelas mais longas ao contrair a doença”, diz Eymard.

5 – Legaliza o locaute, que hoje é proibido

Locaute é a possibilidade de uma empresa parar sua atividade para conseguir atingir suas reivindicações. Um exemplo foi a “greve dos caminhoneiros” , em maio de 2018, o que  para muitos foi locaute – paralisação dos donos de transportadoras .

O locaute permite que uma empresa feche até mesmo para pressionar os seus trabalhadores a aceitar alguma condição de trabalho,  e ainda pressionar o governo a atender as reivindicações dos empresários.

Como é hoje: Totalmente proibido

Segundo o advogado da CUT Nacional, o absurdo da proposta é equiparar a greve ao locaute.

“ A greve é um instrumento para que os trabalhadores possam ter melhores condições de negociar seus direitos. O locaute não é direito, é uma medida de coação, de instrumentos das empresas”, diz Eymard.

O advogado ressalta ainda que muitas empresas transacionais são mais poderosas que muitos países, como o Facebook, por exemplo.

“Não tem paralelo em nenhum lugar do mundo o locaute ser reconhecido como direito equiparado à greve”, afirma Eymard.

6- Fiscalização trabalhista

Mais uma vez o governo de Jair Bolsonaro (PL) tenta impedir a fiscalização do trabalho. Nessa semana, durante evento, o presidente da República chegou a criticar as ações de fiscalização do Ministério Público do Trabalho (MPT), ao chamar de exagero as condições em que o órgão considera trabalho escravo.

Como é hoje: A Justiça do Trabalho pode além de decidir se a greve é legal ou não, mediar negociações entre patrões e empregados durante uma greve e ainda decidir percentuais de reajuste e benefícios a serem concedidos

Para agradar o empresariado, a proposta do GAET é de que a Justiça do Trabalho apenas tenha poder para considerar uma greve legal, ou ilegal, mas a proíbe de conceder qualquer benefício ou reajuste ao trabalhador.

7- Teletrabalho por demanda

O teletrabalho tem limite de jornada, de acordo com a Constituição. A proposta desvincula o conceito de jornada, e inclui o trabalho por demanda. Ou seja, o trabalhador terá de cumprir as tarefas designadas por sua chefia, independentemente de ultrapassar as oito horas diárias e não terá direito a hora extra. É a legalização a escravidão digital.

Não tem nada de bom neste pacote. São 300 itens de maldades. Só dá segurança às empresas operarem, sem nenhuma segurança jurídica ao trabalhador.

Outras propostas

A imprensa divulgou também as seguintes propostas do grupo do governo:

– Responsabilização do empregado, quando treinado e equipado, pela falta de uso do equipamento de proteção individual em caso de acidente de trabalho

– Previsão de teste de gravidez antes da dispensa da trabalhadora mulher

– Ajustes nas regras do trabalho intermitente

– Limitação da chamada substituição processual aos associados de um sindicato

– Quitação de acordo extrajudicial seria completa, e o juiz, proibido de homologá-lo parcialmente

– Indenização por danos morais com o teto dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social como parâmetro, em vez do salário do trabalhador, como previa a reforma de 2017.

– Aplicação do IPCA-E em vez da TR, como previa a reforma de 2017, ou da Selic em correção monetária

– Aplicação de leis trabalhistas novas aos contratos vigentes a fim de evitar questionamentos como os feitos em relação à reforma de 2017

– Liberdade sindical ampla, proposta por meio de PEC

– Descartar como obrigatório o uso dos conceitos de categorias e sistema confederativo para conceituação de sindicatos

– Admitir sindicatos por empresa ou setor produtivo.

Fontes: CUT Brasil e Contábeis, com informações da Folha de São Paulo.

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UNIVIG ATRASA SALÁRIOS, VALES E DÉCIMO-TERCEIRO DOS VIGILANTES

Na Ceasa, os vigilantes também não receberam o vale-alimentação e o vale-transporte, mas em outros postos não foi paga nem a primeira parcela do décimo-terceiro.



Mais uma vez a Univig Vigilância Patrimonial atrasou os salários dos vigilantes da Ceasa, na capital, que até esta quarta-feira (08) ainda não receberam o pagamento do mês, nem o vale-alimentação e vale-transporte. São cerca de 50 trabalhadores que já estão cansados desses atrasos e podem iniciar uma paralisação a qualquer momento, caso isto não se resolva ainda hoje.

A situação ainda é pior em outros locais, pois os vigilantes da Ceasa receberam a primeira parcela do décimo-terceiro, mas seus colegas de outros postos da Univig nem isso receberam, conforme denúncias que chegaram ao sindicato.

O prazo para pagamento da primeira parcela do décimo-terceiro era até dia 30 de novembro, quarta-feira da semana passada, enquanto a segunda parcela deve ser paga até dia 20. Além disso, há cerca de um ano o valor do fundo de garantia não é depositado nas contas.

“Isto é inaceitável, vamos tomar as providências devidas com nossa assessoria jurídica, imediatamente”, afirmou o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias. Ele pediu “aos vigilantes que estão sendo prejudicados por essa picaretagem, procurem o sindicato e denunciem o que está acontecendo”.

A primeira providência, segundo o presidente, vai ser tomada em relação ao posto da Ceasa, onde o problema está se repetindo. A empresa também tem postos no Dmae, Daer, alguns museus da capital e em Novo Hamburgo. Segundo os relatos, os atrasos estão acontecendo em todos esses lugares.

Nota: Fomos informados, no início da tarde de hoje (08), que a empresa tinha começado a fazer os pagamentos na Ceasa, mas ainda não temos confirmação sobre os demais postos.

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