COMUNICADO URGENTE: CASO SELTEC

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O Sindivigilantes do Sul, por meio de sua Assessoria Jurídica, vem a público informar aos trabalhadores sobre um avanço decisivo no processo de Recuperação Judicial do Grupo Seltec.

Foi proferida a sentença no processo nº 5049247-94.2023.8.21.0001/RS, que CONVERTEU a Recuperação Judicial em FALÊNCIA. A decisão ainda aguarda o prazo para eventuais recursos, mas o Sindicato a considera uma vitória para os trabalhadores.

Por que a falência era inevitável e mais benéfica?

Do ponto de vista do Sindicato, a convolação (conversão) em falência era uma medida inevitável e necessária. A empresa já não possuía contratos vigentes nem faturamento, ou seja, não tinha mais vigilantes ativos gerando receita. Manter a empresa em recuperação judicial, nessas condições, apenas atrasaria o pagamento dos direitos trabalhistas, sem qualquer perspectiva real de quitação.

Além disso, a recuperação judicial era prejudicial aos trabalhadores neste cenário. No plano de recuperação, os poucos recursos que a empresa pudesse obter seriam divididos com outras classes de credores (como bancos e fornecedores). Na prática, os trabalhadores estariam concorrendo por valores que também seriam destinados a outros, diminuindo o montante a ser recebido por cada um.

Com a falência, essa situação muda completamente. A lei estabelece uma ordem clara e rígida de pagamentos:

  1. Todos os bens da empresa serão arrecadados e vendidos.
  2. O valor total obtido será usado para pagar, PRIMEIRO E COM PRIORIDADE ABSOLUTA, os créditos trabalhistas, até o limite de 150 salários-mínimos por pessoa.
  3. Somente após a quitação integral dos trabalhadores, se sobrar algum valor, os demais credores serão pagos.

Portanto, a falência garante que o patrimônio da Seltec seja destinado prioritariamente a quem de direito: seus ex-empregados.

O Sindicato seguirá atuando firmemente no processo para garantir que a venda dos bens ocorra de forma justa e que os direitos da nossa categoria sejam cumpridos com a máxima celeridade.

Atenciosamente,

Assessoria Jurídica – Sindivigilantes do Sul

(Foto: IA/Freepik)

 

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