ENCONTRO DE MULHERES VIGILANTES E TRABALHADORAS DA SAÚDE COMEMOROU MÊS E DIA DA MULHER

Encontro foi promovido pelo Sindivigilantes e AGTS

Encontro foi promovido pelo Sindivigilantes e AGTS



Mulheres vigilantes e trabalhadoras da saúde realizaram uma bonita e alegre comemoração, no final da tarde de sexta-feira (15), pelo Mês e Dia da Mulher (08 de Março), numa promoção do Sindivigilantes do Sul e Associação Gaúcha dos Trabalhadores (as) em Saúde (AGTS), sexta-feira (15), no auditório do Sindicato dos Ferroviários.

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Presidente Dias e palestrantes

O evento, com coquetel, sorteio de brindes e palestras, foi prestigiado ainda pela presença do presidente do sindicato, Loreni Dias, na foto, e diretores das duas entidades, além das diretoras e apoios que organizaram o encontro.

A diretora Cristilorem Luz e a colega Eni Severo, pelo Sindiviglantes, agradeceram a presença de todas e ressaltaram a luta das mulheres por seu espaço profissional. Lembraram a recente conquista da aprovação do projeto anticalote, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, como uma grande vitória da categoria, após muitos anos de luta.

Elas também adiantaram que a luta pelo projeto de lei da cota de 20 por cento das vagas para mulheres vigilantes nos contratos do poder público, de autoria da deputada Sofia Cavedon (PT), vai continuar, até que seja seja aprovado também na ALRS.

Falando pela AGTS, Anita Lencina agradeceu a parceria do Sindivigilantes na realização do encontro, e salientou que sua categoria também vem sofrendo com os calotes de empresas da saúde, que deixam os trabalhadores sem receber seus direitos, quando encerram os seus contratos, e por isso também comemoraram a aprovação do PL 324/2019, o projeto anticalote, semana passada.

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Diretoras Cristilorem Luz, do Sindivigilantes, e Anita Lencina, da AGTS

Assédio

A  primeira palestra foi da advogada Caroline Pereira, sobre assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. “As mulheres precisam conhecer o que é assédio para poderem se defender, são condutas que todas precisam denunciar e coibir”, disse.

No primeiro caso, o assédio moral ocorre de forma sistemática, reiterada, com atos, gestos, comentários, para inferiorizar e humilhar a funcionária, que se sente constrangida, abalada, a ponto de não conseguir mais trabalhar normalmente e acaba desenvolvendo doenças, inclusive.

O assédio pode partir tanto de um superior, como normalmente acontece, mas também de colega para colega, e muitas vezes o objetivo é levar a pessoa a pedir demissão.

Na outra situação, o assédio sexual acontece, em geral, com piadas de conotação sexual, toques no corpo, convites impertinentes, promessas de tratamento diferenciado ou chantagem para permanecer no emprego, em troca de favores sexuais.

Quando ocorre a denúncia, a empresa é obrigada a tomar providências, com demissão por justa causa do assediador, e pode acontecer também o processo da vítima por dano moral contra a empresa e quem cometeu o assédio.

Porém, ressaltou a advogada, quem sofre o assédio precisa se munir do máximo possível de provas, como gravações de conversas, anotar data e hora dessas ocorrências, guardar bilhetes, copiar mensagens de whatsapp e tudo que possa comprovar o assédio moral ou sexual.

A denúncia pode ser feita à própria direção da empresa e também ao Ministério Público do Trabalho, que tem um canal para isso em seu site. É uma boa providência também procurar a sua entidade, sindicato ou associação para buscar orientação.

Síndrome de Burnout

O psicólogo clínico Antônio Jane Cardozo, especialista em saúde do trabalhador, por sua vez, alertou que a doença mais importante dos trabalhadores neste momento, a que mais vem aumentando, é a síndrome de Burnout, “porque nunca o trabalhador foi tão agredido mentalmente como agora, por causa das redes sociais e porque as empresas passam por cima dos direitos do trabalhador, e isso faz com que ele adoeça mentalmente”, afirmou.

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A síndrome de Burnout, explicou, tem como sintomas: exaustão emocional, falta de esperança, solidão muito forte, dificuldade de trabalhar com outras pessoas (lidar com público), diminuição do sentimento de realização profissional, irritabilidade, desencanto, perda de memória e auto-estima muito baixa.

São muito comuns, ainda, sintomas físicos como insônia, queda de cabelo, distúrbios digestivos, entre outras características, que requerem cuidado urgente. “No caso dos vigilantes, é uma categoria que lida muito com situações de estresse e processos de ansiedade e depressão”, acrescentou.

Referindo-se ao evento pelo Dia Internacional das Mulheres, observou que “na verdade, a maioria dos homens têm medo da capacidade e da eficiência das mulheres”.

Agradecimento

O Sindivigilantes do Sul e a AGTS agradecem a presença das convidadas e palestrantes, foi uma alegria muito grande compartilhar desse momento de homenagem às mulheres com vocês. Obrigado pelo comparecimento, parabéns. e contem sempre com nosso apoio, sempre, na luta contra a discriminação, contra a violência, por justiça e direitos iguais!

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Brindes distribuídos no encontro