VITÓRIA: A CONVENÇÃO COLETIVA ESTÁ ASSINADA, COM AVANÇOS IMPORTANTES PARA A CATEGORIA!

Presidentes Dias, Marcelo e Renato, com a convenção assinada, assessores jurídicos e diretores

Presidentes Dias, Marcelo e Renato, com a convenção assinada, assessores jurídicos e diretores



Os sindicatos que resistiram e lutaram por um acordo melhor para a categoria  conseguiram vencer a resistência da patronal e fecharam uma nova convenção coletiva de trabalho, com vários avanços importantes em relação à proposta inicial dos empresários (que outros sindicatos pelegos assinaram sem discussão e sem consultar os vigilantes)

A negociação tinha emperrado devido a novos impasses com a patronal, mas foram superados com muita negociação e um trabalho intenso da nossa assessoria jurídica, especialmente do dr. Arthur Dias Filho, que foi incansável nas tratativas para viabilizar um acordo mais favorável aos trabalhadores e trabalhadoras.

Os sindicatos tiveram ainda que enfrentar os pelegos, que pressionaram muito a favor das empresas, até com abaixo-assinado. Apesar disso, se chegou a um acordo bem melhor que o assinado pelos outros sindicatos, meses atrás.

CCT garante próximo reajuste

O documento firmado pelos presidentes Loreni Dias, do Sindivigilantes do Sul, Marcelo Puccinelli Alves, do sindicato dos vigilantes de Pelotas e Região,  Renato Cadaval Vieira, de São Leopoldo e Região, resolve a situação de 2020, 2021 e 2022. O presidente Luis Carlos Correa da Silva, do sindicato de Uruguaiana, deve assinar em seguida, também.

Além do aumento salarial deste ano (6,01%), bem como do Vale Alimentação, do adicional de uniforme e a reposição do ano passado, o acordo já garante o próximo reajuste, em 1º de fevereiro de 2022, pelo índice integral da inflação, que hoje está em quase 10%.

Isto é uma grande conquista, basta lembrar que em 2020 os patrões apresentaram uma proposta zerada, sem reajuste nenhum, por isso não houve acordo. Neste ano, segundo o Dieese, a maioria dos sindicatos do país está fechando acordos por reajustes menores que a inflação, inclusive.

Vejam um resumo da nova CCT:

> Aumento dos salários

– O reajuste salarial neste ano será de 6,01%, a ser pago logo após a CCT ser registrada no mediador do Ministério do Trabalho pela patronal.

– O aumento salarial, do vale alimentação e do adicional de uniforme são retroativos, a cada mês será paga a diferença de um mês atrasado, de fevereiro até setembro.

– O salário-base fica em R$ 1.590,60 para os vigilantes e R$ 1.254 para os ASP.

> Reposição das perdas

– As perdas salariais dos dois últimos anos somaram 9,83%.

– Com o aumento de 6,01% fica faltando uma diferença de 3,82%, que será paga em cinco parcelas anuais de 0,76%, de 2022 até 2026. 

É CLARO que nós pedimos a reposição disso em UMA vez, mas foi essa a contraproposta dos patrões, que as assembleias aprovaram.

> Próximo aumento/2022 

– Para a próxima data-base, 1º de fevereiro/2022, já fica GARANTIDO o aumento pelo índice integral da inflação (INPC) dos últimos 12 meses, que está hoje em 9,85%. Não sabemos de  outro sindicato, de outra categoria, inclusive, que tenha conseguido isso.

– Atenção: será pago o aumento do índice da inflação MAIS a reposição automática de 0,76%.

– Por exemplo: se a inflação chegar a 10%, o vigilante vai receber em 1º de fevereiro 10,76% de aumento.

– Pela PRIMEIRA VEZ em muitos anos os vigilantes vão receber o aumento do ano já em 1º fevereiro. Alguém lembra quando isso aconteceu da última vez?

> Demitidos 

– Para os trabalhadores que foram demitidos neste período sem convenção coletiva, as diferenças salariais poderão ser pagas em duas vezes, a partir do próximo mês.

> Vale alimentação

– O vale-alimentação (VA) passa a ser no valor de R$ 21,50, um reajuste de 7,5%.

– Assim como os salários, fica GARANTIDO o aumento do VA pelo índice de inflação em 1º de fevereiro de 2022.

– Atenção: em cima dos próximos aumentos do VA, também fica garantido o acréscimo de 1,65%, em 2022 e 2023, para reposição das perdas passadas.

> Publicação da CCT na íntegra

Quanta diferença da proposta inicial, que oferecia apenas 6,01%!

Estas e as demais cláusulas serão todas publicadas na íntegra, tão logo a CCT seja registrada no Ministério do Trabalho.

Além das conquistas, foi importante termos mostrado à patronal que não aceitamos acordos humilhantes para a categoria, como outros aceitaram, porque aqui tem resistência, aqui tem luta pelos vigilantes.

Sindicatos e trabalhadores devem se manter sempre unidos e lutar juntos, para defender direitos e conquistar avanços, porque juntos somos fortes!

Valeu a luta, valeu a resistência!

Fora pelegos!

Sindivigilantes do Sul
Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região
Sindicato dos Vigilantes de São Leopoldo e Região
Sindicato dos Vigilantes de Uruguaiana