A primeira das assembleias que vão discutir e votar propostas para resolver o impasse na eleição do sindicato foi realizada nesta manhã (10), no auditório do Sindicato dos Ferroviários, em Porto Alegre. O juiz Maurício Graeff Burin, da 22ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, rejeitou um pedido do Gerson Farias, da chapa 3, de suspensão das assembleias.
Foi marcada audiência de instrução para o dia 05 de março, sem prejuízo à realização das demais assembleias, marcadas para Camaquã, São Luiz Gonzaga, Santo Ângelo e Horizontina. A assessoria jurídica do sindicato argumentou, e o juiz acatou, que o sindicato pretende apenas ouvir e consultar a categoria quanto aos rumos da eleição e dar prioridade à campanha salarial 2021.
É mais um fiasco dessa oposição que tenta, à todo custo, impedir o direito da categoria de saber o resultado das urnas. “O sindicato quer que isso se resolva de uma vez por todas, para que não atrapalhe a campanha salarial, mas a oposição, com medo da derrota, não quer concluir a eleição”, afirmou o presidente.
As urnas foram lacradas e depositadas em juízo, em dezembro, após a suspensão da votação por medida judicial da chapa 3, faltando apenas dois dias para o encerramento do pleito. O sindicato está apresentando como proposta nas assembleias, para ser encaminhada à Justiça, a abertura imediata das urnas para contagem dos votos e a conclusão da eleição.
O presidente Loreni Dias afirmou que “foi um absurdo, uma falta de respeito com a categoria”, terem suspendido o processo eleitoral faltando tão pouco para terminar. Uma eleição custa muito dinheiro, pelo menos R$ 40 mil, lembrou, e essa interrupção prejudica ainda mais as finanças do sindicato, que passa por grandes dificuldades.
Já o assessor jurídico, advogado Maurício Vieira da Silva, ressaltou que a eleição foi realizada em dezembro para não invadir a data-base, atrapalhando a campanha salarial. “É um momento complicado, de crise financeira, em que não tivemos o fechamento da convenção coletiva passada, onde se tentou o ganho mínimo da inflação, pelo menos, mas não foi assinada por causa da intransigência patronal”, disse.
Agora, na época de nova negociação, a prioridade deve ser a campanha salarial. O sindicato precisa estar totalmente voltado, junto com a categoria, para a luta por uma convenção coletiva com aumento salarial e repetição das cláusulas que sejam benéficas aos vigilantes, sem a retirada de direitos.
Ajuizamento do dissídio
Em relação ao ano passado, o assessor jurídico também esclareceu que não importa a data em que o dissídio coletivo foi ajuizado, o pedido do reajuste é sempre a partir da data-base, primeiro de fevereiro de 2020.
Além disso, acrescentou, o ajuizamento aconteceu depois de esgotadas todas as possibilidades de negociação com os patrões.
Próximas assembleias:
- São Luiz Gonzaga – Dia 11, quinta-feira
Local: Sindicato dos Bancários, Rua Bento Soeiro de Souza, 2780, Centro
Hora: 19 horas em primeira chamada e 19h30 em segunda chamada, com qualquer número de presentes
- Camaquã – Dia 11, quinta-feira
Local: Sindicato dos Bancários de Camaquã, e Região, Rua Bento Gonçalves, 1207, Centro
Hora: 19 horas em primeira chamada e 19h30 em segunda chamada, com qualquer número de presentes
- Santo Ângelo – Dia 12, sexta-feira
Local: Salão Paroquial da Igreja do Subusk, Rua Pedro João, 249
Hora: 19 horas em primeira chamada e 19h30 em segunda chamada, com qualquer número de presentes
- Horizontina – Dia 13, sábado
Local: Associação dos Metalúrgicos de Horizontina, RS-342, Km 20
Hora: 09 horas em primeira chamada e 09h30 em segunda chamada, com qualquer número de presentes.