GOCIL NÃO CUMPRE PROMESSAS, MAIS UMA VEZ, E SINDICATO TOMARÁ MEDIDAS JURÍDICAS

Presidente da CNTV, José Boaventura, com o presidente Dias, participou da reunião com a Gocil

Presidente da CNTV, José Boaventura, com o presidente Dias, participou da reunião com a Gocil



A Gocil Segurança e Serviços não cumpriu nenhuma das promessas feitas por seus representantes na reunião de quinta-feira passada (14), na sede do Sindivigilantes do Sul, e por isso a assessoria jurídica do sindicato vai tomar medidas urgentes a fim de preservar os direitos dos vigilantes da empresa.

Participaram da reunião no Sindivigilantes o gerente regional da Gocil no Rio Grande do Sul, Vagner Okwieka, o coordenador regional, Luis Carlos de Souza, e via online, de São Paulo, o diretor de relações sindicais, Carlos Reis.

Ficou acertado o pagamento imediato do décimo-terceiro salário dos trabalhadores, para não haver o risco desses valores serem bloqueados a pedido dos bancos credores da Gocil, pois já houve um bloqueio antes que teria provocado o atraso dos salários de dezembro.

Também foi combinado que deveriam ser refeitos e corrigidos todos os avisos prévios com data retroativa e por acordo mútuo que a empresa fez com os vigilantes demitidos.

Estava presente, inclusive, o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV), José Boaventura, além do presidente, Loreni Dias, a diretora Elisa Araújo, o assessor jurídico Maurício Vieira da Silva e o funcionário da empresa e apoio do sindicato Eleandro Marques.

No entanto, a empresa não fez o contato prometido para repassar a lista de todos os trabalhadores demitidos, não confirmou o pagamento do décimo-terceiro antecipado e nem a retificação dos avisos prévios.

Protesto do sindicato contra o atraso dos salários

Protesto do sindicato contra o atraso dos salários

Medidas urgentes

Numa reunião anterior, os representantes da Gocil haviam prometido que não aconteceriam atrasos de salários e não fariam rescisões por acordo mútuo, que causam prejuízos ao trabalhador, mas também descumpriram essas promessas.

Diante disso, a assessoria jurídica do sindicato vai tomar medidas urgentes, como já havia sido avisado para a empresa.

Primeiro, vai comunicar a TODOS os postos da Gocil, sem exceção, que a empresa está descumprindo suas obrigações trabalhistas. Além disso, pedirá que os contratantes façam o pagamento direto na conta dos trabalhadores dos salários e demais direitos.

O sindicato vai, ainda, ingressar no processo de recuperação judicial do grupo econômico para excluir a Gocil Segurança e Serviços desse processo, a fim de garantir que os créditos da empresa de vigilância sejam destinados exclusivamente ao pagamento dos trabalhadores.

A Gocil entrou em recuperação judicial, no final de setembro, por problemas em outras áreas do grupo, que também atua no ramo imobiliário e no agronegócio, mas ofereceu os créditos da área da segurança privada e prestação de serviços como garantia de dívidas com os bancos.

“Chega de promessas, isso já é um desrespeito, não vamos aceitar que o prejuízo pelos maus negócios dessa empresa em outras atividades recaia sobre os trabalhadores, vamos fazer tudo que for necessário para receberem o que tem direito”, afirmou o presidente Loreni Dias.