Por decisão do juiz Maurício Graeff Burin, nesta terça-feira (21), o mandato da atual diretoria do Sindivigilantes do Sul, do presidente Loreni Dias, e do Conselho Fiscal foi prorrogado até 21 de fevereiro de 2022.
O mandato expirou em maio e já havia sido prorrogado por 60 dias. Mas, diante da continuidade do impasse na eleição da entidade, a assessoria jurídica do sindicato solicitou a prorrogação até fevereiro.
Acontece que os dois candidatos da oposição estavam pedindo uma intervenção no Sindivigilantes. Sandro Carey queria uma junta governativa e o Gérson Farias pediu a intervenção da Federação pelega, aquela que sempre assina ligeirinho tudo que os patrões querem.
O que é muito estranho, porque numa reunião de diretoria, em abril, o Farias concordou com a prorrogação do mandato até fevereiro próximo, e isto ficou registrado numa ata assinada por todos, que foi anexada ao processo na Justiça do Trabalho
Na sentença, o juiz anotou que ainda estão tramitando os processos sobre as eleições e não viu fundamento nos pedidos de intervenção.
“O Requerente (sindicato) tem razão quando refere que, sem administração, o Sindicato seria compelido a paralisar toda a sua estrutura, causando prejuízos aos trabalhadores representados pela entidade sindical”, disse o juiz substituto da 22ª Vara do Trabalho da capital.
Ele esclareceu ainda que a prorrogação é até a data de 21.02.2022 ou até a definição (trânsito em julgado) dos processos sobre a eleição, o que ocorrer primeiro.
Oposição se juntou aos patrões
O presidente Loreni Dias comemorou a decisão, cumprimentando o trabalho competente da assessoria jurídica, pois a categoria não ficará desamparada enquanto tramitam no Judiciário as questões eleitorais.
“O que nós estranhamos e achamos vergonhoso foi o papelão do Farias, de pedir uma intervenção no sindicato dessa Federação pelega, que é aliada dos patrões, e isso mostra de que lado ele se colocou, é um candidato totalmente patronal”, afirmou Dias.
O presidente também questionou as atitudes do Sandro Carey, que se juntou com a Rudder para impor um abaixo-assinado aos vigilantes, tentando pressionar o sindicato a assinar uma convenção coletiva que só favorece as empresas.
“Ainda não recebemos o tal baixo-assinado, o Sandro Carey não apresentou nada aqui no sindicato, quem sabe ele vai na Rudder pra ver se terminaram de pegar na marra as assinaturas dos trabalhadores pra ele”, finalizou Dias.