Agência onde aconteceu a explosão já tinha sido
atacada por assaltantes em 2013
Foto: Rádio Gaúcha
“Os vereadores e vereadoras também são responsáveis pela falta de segurança da população, em relação aos ataques a bancos, que agora acontecem a qualquer hora, até mesmo com o uso de explosivos”, afirmou nesta quarta-feira (3) o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias. Ele cobra de vereadores e prefeitos a aprovação da lei da vigilância armada 24 horas nas agências bancárias, que foi aprovada pelas Cãmaras Municipais em 35 municípios gaúchos e já é lei em pelo menos 16.
A manifestação do presidente foi em reação ao noticiário da imprensa, nesta quarta-feira, que registrou quatro ataques a banco em apenas 12 horas, no Rio Grande do Sul, entre esta última noite e a madrugada. O caso mais grave foi no assalto ao Sicredi de São José do Herval, na Região do Planalto, onde os bandidos usaram explosivos para estourar os terminais eletrônicos.
“É justamente o Sicredi que não quer contratar vigilantes e o que mais pressiona contra a aprovação da lei do vigilante 24 horas”, apontou Dias. Um dos temores do sindicato é que uma explosão dessas cause uma tragédia maior, além do do susto, já que muitas agências funcionam no térreo ou próximos de prédios residenciais.
A população de São José do Herval, de apenas dois mil habitantes, ficou apavorada com o barulho da explosão. Nenhum bandido foi pego até agora, dizem as notícias. Esta mesma agência foi assaltada em 08 de abril de 2013. Daquela vez, os assaltantes invadiram a casa do gerente do banco e mantiveram toda a família como refém, enquanto o levavam ao banco para roubar uma grande quantia de dinheiro.
Também na madrugada passada, foi arrombada uma agência do Banco do Brasil, na Avenida Primeiro de Março, em Novo Hamburgo, onde os criminosos fizeram um buraco na parede para entrar no prédio e levar o dinheiro. Foram atacadas, ainda, duas agências do Banrisul, uma no Balneário Pinhal, onde um assaltante foi baleado pela Brigada Militar, e outra em Caxias do Sul. Neste caso, os assaltantes, fugiram levando o dinheiro.
“Que estes casos sirvam alerta para os vereadores que não acordaram ainda para a gravidade deste problema, que atinge todo o Estado e cidades grandes ou pequenas, e se algo pior acontecer, a responsabilidade é deles”, advertiu Dias. “Esperamos que tomem consciência e aprovem logo esta lei, para que as pessoas tenham um pouco mais de paz e segurança, ou os seus eleitores vão cobrar isso depois”, completou.
O projeto em questão diz que as agências bancárias públicas e privadas e as cooperativas de crédito, como o Sicredi, ficam obrigadas “a contratar vigilância armada, diuturnamente, perfazendo as 24 horas do dia, inclusive aos finais de semana”. No mesmo projeto está incluída a instalação obrigatória de equipamentos de segurança, como a porta giratória eletrônica, escudo de proteção ou cabine para os vigilantes, câmeras de controle e guarda-volumes.