A Casa do Gaúcho sediou as duas sessões da assembleia geral ordinária dos vigilantes nesta quarta-feira, 04, que aconteceram no início da manhã e da noite, para que toda a categoria pudesse participar. O debate sobre a Convenção Coletiva do Sindicato dos Vigilantes de Porto Alegre e Região Metropolitana deu início à campanha salarial 2014. As propostas foram aprovadas por unanimidade.
O presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni dos Santos Dias, fez algumas considerações sobre a importância da participação dos vigilantes nos debates da campanha salarial. Ele defendeu a manutenção de todos os direitos já garantidos e afirmou que somente irá negociar no sentido de ampliá-los. “Não vamos mexer nas nossas conquistas. Vamos aumentá-las ainda mais.”
Estavam presentes o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, Boaventura dos Santos, o presidente da CUT/RS, Claudir Nespolo, o presidente do Sindicato dos Vigilantes de São Leopoldo, Renato Cadaval Vieira, de Uruguaiana, Luis Carlos da Silva, e de Lajeado, Airton Fernandes da Silva.
Nespolo afirmou que a CUT/RS irá acompanhar toda a campanha salarial dos vigilantes e auxiliar no que for preciso, mas a presença da categoria nas discussões é fundamental. “Uma assembleia cheia pode evitar a deflagração de uma greve. É preciso ter clareza de que a greve é a última instância e não é esse o nosso objetivo. Por isso, vamos decidir os rumos dessa campanha juntos.”
Boaventura destacou a necessidade de se ter estratégias na hora das negociações com os empresários. “Não basta entregarmos a pauta aos patrões. É preciso pensarmos antes em como vamos negociar.” Ele também fez referência à força que as greves têm aqui no Rio Grande do Sul historicamente.
O advogado Jorge Young, que assessora juridicamente o Sindicato, explicou aos vigilantes as dúvidas colocadas durante a assembleia sobre as reivindicações da categoria. São elas:
– Troca da data-base de fevereiro para setembro;
– 20% de reajuste salarial;
– Ticket para R$ 20,00, quando não concedido a refeição;
– Anuênio de 1% por ano trabalhado;
– Domingos e feriados trabalhados como horas extras, com 100%, independente da jornada ser 12 x 36 horas;
– Plano de saúde pago pelo empregador em sua totalidade, ou seja, sem custo para o trabalhador;
– Seguro contra empresa que venha a entrar em concordata ou falência;
– 30% de risco do ASP;
– Deslocamentos locais sem fornecimento de transporte. No caso de uso de veículo do empregado será pago por Km rodado: R$ 0,97 por km rodado veículo à gasolina; R$ 0,77 por km veículo a álcool; R$ 0,26 veículo à gás natural. A validade será mediante relatório de quilometragem.
– Prêmio de participação nos lucros líquidos.
Por: Assessoria de Comunicação