Na audiência pública realizada na noite desta quarta-feira (22) na Câmara Municipal de Canoas, o diretor-financeiro do Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp-RS), Ari Luiz Favero Dal Bem, representando a entidade, manifestou seu apoio ao projeto que pretende instituir a vigilância privada as 24 horas do dia, ininterruptas, nas agências bancárias e cooperativas de crédito: “A demanda (por mais segurança) é bem significativa e os benefícios (do projeto) são enormes, porque não só vai gerar empregos, como vai gerar mais segurança para todos que circulam nos bancos”, disse Dal Bem ao público presente.
Vereador de Canoas Paulinho De Odé, ao centro, de gravata,
promoveu a audiência pública na Câmara Municipal
O encontro, com o objetivo de debater o assunto e recolher sugestões para debater o assunto e aperfeiçoar o projeto, foi uma iniciativa do vereador Paulinho De Odé (PT), que apresentou a proposta na casa, sem data ainda para ser votada. Estavam presentes o presidente, Loreni Dias, e diretores do Sindivigilantes do Sul, além dos representantes da Brigada Militar, Sindicato dos Bancários, dos portadores com deficiência, da Guarda Municipal, da União das Associações de Moradores e diversas autoridades da prefeitura, entre elas o secretário municipal da Segurança Pública, Alberto Kopittke.
Segundo o secretário, este “é um excelente projeto, de alta qualidade”, que promove a prevenção aos assaltos onde eles são mais prováveis, nas agências bancárias, para que os criminosos tenham menos oportunidades de agir. “Aqueles que podem mais, neste momento de crise, tem que contribuir mais”, disse o Kopittke, ao dizer que os bancos estão lucrando muito. Os bancos brasileiros, destacou, praticam os maiores juros do mundo, de 280% ao ano e mais de 400% no cartão de crédito: “Acho que os bancos não vão quebrar com esses investimentos (em mais segurança)”.
Todas as manifestações na audiência foram no sentido de apoiar o projeto, com sugestões de pequenos ajustes que não mudam o essencial, a exigência do vigilante 24 horas, inclusive domingos e feriados, e da instalação de equipamentos de segurança, como as portas giratórias e os escudos de proteção dos vigilantes. “Somos parceiros dos vigilantes e estamos engajados nessa luta, em função de tanta violência”, disse a representante dos bancários.
“Nossa maior preocupação é que muitas dessas agências funcionam em prédios residenciais, e com os explosivos que os assaltantes colocam, o prédio pode inclusive vir abaixo”, alertou o presidente do Sindivigilantes. “A segurança das agências agora está nas mãos dos vereadores, porque a Brigada Militar tem pouca gente e não tem condição de fazer a ronda em todas as agências de mais de 400 municípios, por isso temos certeza de que esse projeto vai ser aprovado”, completou Loreni Dias.