Os vigilantes ganharam um importante aliado na campanha pela aprovação do projeto que institui a segurança privada 24 horas, ininterruptas, nas agências bancárias e cooperativas de crédito (Sicredi). A Federação dos Bancários do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS), que abarca os 38 sindicatos da categoria no Estado, apoia essa luta, por decisão da 18ª Conferência Estadual dos Bancários, ocorrida dia 5 de junho, em Porto Alegre.
Rocha, diretor da Federação, à esquerda, recebeu
o presidente e diretores do sindicato
Além disso, os bancários gaúchos vão encaminhar à sua 18ª Conferência Nacional, que acontece no final de julho, em São Paulo, a proposta de que o Vigilante 24 horas seja incluído na pauta da sua campanha salarial deste ano. “A volta da vigilância 24 horas nas agências bancários é uma reivindicação dos trabalhadores da segurança privada, que deve ser apoiada pelos bancários”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr.
Ele recorda que “quando os bancos contratavam vigilantes noturnos, há alguns anos atrás, não tinha essa onda de ataques aos estabelecimentos”. Segundo ele, “ao cortarem milhares de vigilantes noturnos, os bancos reduziram os seus custos, mas as agências ficaram mais vulneráveis e quase todos os dias ocorrem explosões de caixas eletrônicos diante da fragilidade de segurança das agências”.
A direção do Sindivigilantes do Sul esteve reunida com o diretor de Formação da Fetrafi-RS, Carlos Augusto Rocha, terça-feira (21), para explicar detalhes da campanha que o sindicato está fazendo. “Bancários, metalúrgicos, qualquer que seja a parceria é bem vinda nessa luta, que é de todos os trabalhadores”, disse o presidente do sindicato, Loreni Dias, acompanhado dos diretores Carlos Schio e Jaqueson Fernandes.
Rocha lembrou o grande risco que a população do interior enfrenta nos ataques com explosivos e reféns aos caixas eletrônicos pois muitas agências, inclusive, ficam localizadas no térreo de prédios residenciais. “Apoiamos esse projeto porque a questão principal é a segurança das pessoas e julgamos insuficiente a segurança que os bancos oferecem”, afirmou. Sindicato e Federação combinaram de manter uma troca de informações sobre o andamento do projeto nos municípios, daqui em diante.