Com o aumento da circulação da subvariante BQ.1 da covid-19 e identificação de outra subvariante da Ômicron, nomeada BE.9, no Rio Grande do Sul, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) lançou um novo informe com recomendações muito importantes.
Publicado segunda-feira (21), o informe reforça a necessidade de atualização do esquema vacinal contra a doença e o uso de máscara em alguns casos, como pessoas com comorbidades, idosos e pessoas que apresentarem sintomas respiratórios.
A equipe de vigilância genômica do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) realizou, nas últimas semanas, o sequenciamento genético de 100 amostras positivas para covid-19, coletadas entre setembro e novembro em todas as regiões do estado.
Das amostras coletas em novembro (57 do total), 70% delas deram positivo para BQ.1. No mês anterior, em outubro, apenas 3% tinham sido correspondentes a essa subvariante.
A subvariante BE.9 foi identificada inicialmente no Amazonas. Ela apresenta um conjunto de mutações semelhantes a BQ.1 e também está relacionada a uma maior transmissibilidade.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a variante foi detectada na amostra de um homem residente de Gramado, que tomou apenas duas doses da vacina contra a covid-19, mas não os reforços.
“Devido à maior transmissibilidade dessa subvariante, tem se observado um aumento dos casos de covid-19 em todo o território gaúcho”, disse o coordenador da Vigilância Genômica no CEVS, Richard Steiner Salvato.
Ele ressalta que “é de extrema importância que a população busque atualizar a vacinação com as doses de reforço para que não ocorra um aumento de casos graves e hospitalizações, uma vez que a vacinação é a principal medida para conter os casos graves da doença”.
“Além disso, a população deve aumentar os cuidados nesse momento de maior circulação do vírus, por exemplo, fazendo o uso da máscara em ambientes de maior concentração de pessoas”, acrescenta.
Recomendações da CEVS
– Atualização do status vacinal da população não vacinada ou com esquema vacinal incompleto para sua faixa etária;
Utilização de máscara:
– Indivíduos imunocomprometidos, idosos e com comorbidades, em locais fechados ou pouco ventilados com grande concentração de pessoas, por serem mais suscetíveis a desenvolver casos graves quando infectados pelo Sar Cov-2;
– Indivíduos sintomáticos respiratórios para evitar a transmissão do quadro clínico;
– Contactantes domiciliares assintomáticos de casos confirmados de Covid-19;
– Indivíduos, principalmente aqueles com maior vulnerabilidade, que apresentarem sintomas compatíveis com síndrome gripal deverão procurar assistência médica para confirmação diagnóstica e monitoramento;
– Os casos confirmados de covid-19 deverão manter-se afastados por um período máximo de 7 dias ou por 5 dias com teste negativo para Sar Cov-2;
– Intensificar a testagem, por meio do Teste Rápido de Antígeno, dos casos suspeitos de covid-19
Foto: Reprodução
Fonte: Brasil de Fato RS/CUT-RS