Quarta e quinta-feira a diretora Elisa Araújo percorreu diversas agências do Sicredi no litoral e encontrou várias irregularidades na prestação de serviço da Sulfor Vigilância Armada, confirmando denúncias anônimas que o sindicato recebeu.
Juntamente com um apoio, ela esteve nas agências de Capão da Canoa, Arroio do Sal, Osório, Santo Antônio da Patrulha, Torres, Tramandaí, Terra de Areia e Três Cachoeiras, onde conversou com os vigilantes da Sulfor, que tem a sede em Igrejinha.
Na maioria das agências, contou Elisa, os trabalhadores não têm intervalo e são obrigados a almoçar antes das 10 horas ou depois das 16 horas.
Não bastasse isso, conforme os relatos, a empresa ainda obriga os vigilantes a baterem o cartão ponto como se tivesse intervalo de almoço no meio do expediente.
Um detalhe importante é que o Sicredi funciona com um vigilante por turno apenas, pois a instituição tem status de cooperativa e não de banco, por isso fica desobrigada de ter a equipe mínima.
Na prática, o Sicredi funciona como um banco normal, uma vez que oferece conta corrente e até poupança como os outros bancos, faz empréstimos e tem enormes lucros como qualquer banco!
Nestas condições, os riscos são ainda maiores e uma agência de Itati foi assaltada duas vezes em menos de um ano. O vigilante foi bastante ameaçado pelos assaltantes e ficou traumatizado, contaram.
“Somos apenas um vigilante em cada agência e não podemos nem sair pra ir ao banheiro e nem almoçar, está ficando difícil de trabalhar nessas condições”, disse um dos trabalhadores.
Reciclagem e CNV vencidas
Além disso, a diretora encontrou vigilantes com coletes balísticos vencidos e munição precária, que há muito tempo não é substituída, bem como a reciclagem e a CNV vencidas, algumas há mais de dois anos.
“É uma situação quase calamitosa o que está acontecendo nessas agências do Sicredi”, afirmou o presidente Loreni Dias.
“Vamos notificar a empresa (Sulfor) e o Sicredi, para que tudo isso seja regularizado em dois ou três dias e se não tomarem providências vamos entrar imediatamente com uma ação coletiva na Justiça do Trabalho, porque isso que estão fazendo com nossos colegas é desumano”, acrescentou.
Dias também avisa os donos da Sulfor e Sicredi que não vai aceitar “nenhuma ameaça ou pressão contra os vigilantes”.
É bom lembrar, ainda, que o Sicredi foi a instituição que mais boicotou a implementação do vigilante 24 horas nas agências bancárias, na campanha que o sindicato fez para aprovar essa lei.
Teve cidade onde o gerente do Sicredi pressionou tanto os vereadores, ameaçando fechar a agência, que eles voltaram atrás e revogaram a lei que tinham aprovado para ter vigilantes dia e noite nos bancos.
“Nós vamos dar uma atenção especial ao Sicredi, podem ficar tranquilos quanto a isso”, finalizou o presidente.
Polícia Federal está multando
No final da manhã de hoje (09), fomos informados que a Delegacia de Controle de Segurança Privada da Polícia Federal está na região fiscalizando a validade da CNV e vai multar a empresa.
Em caso de alguma irregularidade como essas no seu posto, faça a denúncia ao sindicato para que a nossa fiscalização entre em ação e sejam tomadas as medidas necessárias.
Sempre mantemos o sigilo dos nomes.
Pode ser por telefone, pelo site do sindicato ou diretamente com algum diretor:
(51) 3224-4545
(51) 3024-5114
(51) 3024-5115
www.sindivigilantesdosul.org.br/denuncia