Os sindicatos dos amigos dos patrões, que não têm compromisso com a categoria, estão entregando numa bandeja para os empresários vários direitos fundamentais dos vigilantes. É conversa pra boi dormir do Paulo Lara, de Santa Cruz do Sul, e de outros dirigentes pelegos que depois vão “buscar de volta” os direitos perdidos. Isso não se recupera mais.
Será que esqueceram do que aconteceu com o anuênio, que em gestões passadas os sindicatos entregaram e nunca mais tivemos de volta?
O que aconteceu ano passado e está acontecendo agora não tem nada a ver com a reforma trabalhista e nem com a reforma da Previdência, como diz o Paulo Lara, querendo enrolar. As perdas dos vigilantes agora tem a ver, isto sim, com traição dos sindicatos que se juntaram com os empresários para tirar direitos dos trabalhadores.
Quem já assinou a proposta patronal cometeu uma traição contra os vigilantes, essa é a verdade!
Fizeram isso os sindicatos de Alegrete, Alto Uruguai, Caxias do Sul, Guaíba e Eldorado do Sul, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Novo Hamburgo, Ijuí, Rio Grande e Santana do Livramento.
Para começo de conversa, o reajuste de seis por cento que as empresas oferecem não cobre nem as perdas da inflação dos últimos dois anos, de mais de dez por cento. Os alimentos, por exemplo, subiram 20 por cento nos últimos 12 meses, mais que o triplo da inflação oficial.
Além disso, na proposta que nós recebemos, os patrões congelam o valor do Vale Alimentação, não oferecem nada de reajuste do VA.
Ninguém mais vai ter direito de reclamar as perdas de 2019 pra cá, nem judicialmente, considera-se tudo quitado, inclusive o prejuízo do ano passado, que não teve aumento dos salários. O dissídio que foi ajuizado na Justiça do Trabalho, também perde o efeito.
Os vigilantes bancários vão ter que trabalhar no fim de semana para completar a jornada de 44 horas semanais, sem ganhar mais nada por isso.
Fica determinado ainda que os vigilantes vão receber indenização de apenas 30 minutos da hora intervalar e as empresas poderão definir o início do gozo do intervalo para refeição a hora que bem entenderem. A proposta retira ainda o direito da hora prorrogada noturna depois das 05 horas da manhã.
Também exclui o pagamento do adicional de 100 por cento quando não acontecer a compensação do trabalho ocorrido nos feriados ou no dia do repouso semanal. Isso é só uma amostra dos vários os prejuízos para a categoria nesse documento que eles assinaram.
É essa bomba na categoria que o Sandro Carey e os pelegos desses sindicatos defendem, uma convenção com vantagens só para as empresas!
Como é que alguém pode aceitar uma coisa dessas? Será que os vigilantes desses sindicatos sabem o que estão perdendo? Sabem que estão sendo traídos?
Quanto ao Sandro Carey, está sempre do lado das empresas. Em 2018 foi tomar cafezinho com os empresários no Sindesp e saiu de lá fazendo campanha para que os sindicatos assinassem uma convenção com toda a reforma trabalhista, cheia de perdas de direitos.
Ano passado gravou um vídeo defendendo a proposta patronal zerada, sem aumento nenhum de salário. Agora, de novo, defende o que os patrões querem, uma proposta que é de chorar. Esse não engana mais ninguém, caiu a máscara!
Nós estamos do lado do trabalhador e não do lado dos maus dirigentes sindicais. Vamos fazer uma contraproposta, mas sem abrir mão de nossos direitos. Vigilantes, juntos, unidos, vamos seguir na luta, porque juntos somos fortes, contra patrão e contra pelego!
Aumento já!
Nenhum direito a menos!
Fora pelegos!
Sindivigilantes do Sul
Sindicato dos Vigilantes de Pelotas e Região
Sindicato dos Vigilantes de São Leopoldo e Região
Sindicato dos Vigilantes de Uruguaiana