Campanha salarial será por 13% de aumento e VA de R$ 25,00

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Projeção de inflação na data-base, fevereiro, é de 6,14%

A pauta de reivindicações do Sindivigilantes do Sul que será apresentada aos patrões terminou de ser discutida e aprovada na assembleia geral da noite de quinta-feira (22), em Porto Alegre. Os vigilantes presentes confirmaram as cláusulas que já haviam sido aprovadas nas demais assembleias da capital e interior e acrescentaram algumas sugestões. O índice de reajuste da pauta  ficou em 13% e o valor do Vale Alimentação R$ 25,00.

Para se chegar a isso, será preciso maior participação de todos, nas reuniões e assembleias, e muita mobilização da categoria para pressionar os patrões, disse o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias. Foi formada uma comissão de seis membros da categoria, escolhida nas assembleias da manhã e noite de Porto Alegre, para acompanhar as negociações.

O técnico do Dieese, Ricardo Franzói, informou que a inflação vem caindo e a projeção do índice para janeiro é de 6,94% e 6,14% em fevereiro, que é a data-base dos vigilantes. Mostrou também que o setor da segurança privada cresceu muito, nos últimos anos, teve um aumento na sua receita líquida de 180%, entre 2007 e 2014, enquanto o número de empresas de segurança privada, no país, aumentou de 1.600 para 2.5000, no mesmo período.

Neste ano, só serão tratadas as cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A íntegra do documento, com os acréscimos da categoria nas assembleias, será publicada para conhecimento geral assim que estiver pronta para ser entregue aos patrões. Veja os principais itens aprovados:

  1. Vale alimentação: aumento para R$ 25,00;
  2. Aumento de salário de 13%;
  3. Grandes eventos: previsão de hora de no mínimo R$ 15,00 mais adicional de periculosidade, mais pagamento de vale transporte e vale alimentação de R$ 25,00.
  4. Todos os grandes eventos devem ser comunicados ao sindicato com no mínimo 72 horas de antecedência, apresentando a documentação dos contratados, previsão de fiscalização do sindicato, com aplicação de multas por irregularidades constatadas; fornecimento de água mineral à vontade ao vigilante;
  5. Adicional de troca de uniforme: passa a ser pago com base na hora mais adicional de periculosidade. No caso do ASP salário mais adicional de risco de vida, à base de um terço da hora normal, sendo 10 minutos por dia de efetivo serviço.
  6. Contracheques: devem ser entregues no mínimo um dia antes do quinto dia útil e devem ser entregues no posto para o trabalhador. Eventuais incorreções no pagamento apontadas pelo empregado devem ser pagas no mesmo mês mediante folha complementar;
  7. Substituição do adicional de risco de vida do ASP para adicional de periculosidade ou, no mínimo, reconhecer a natureza salarial do adicional de risco de vida
  8. Atestados devem ser recolhidos pelos fiscais no posto de trabalho mais próximo da residência do empregado. Proibição do empregador de exigir que o trabalhador leve o atestado na empresa quando estiver no gozo do atestado. Proibição do empregador de condicionar o aceite do atestado somente depois de validado pelo médico da empresa. Proibição do empregador de exigir somente atestados fornecidos pelo médico da empresa ou convênios da empresa, devendo ser aceitos todos os atestados entregues pelo trabalhador;
  9. Base de cálculo das jornadas 12 x 36 deve ser o divisor 190,40. Proibição de exigir compensação de horário para atingir 220;