Vigilantes interditaram entrada da CEEE, na Avenida Ipiranga
O dia mal estava nascendo, por volta de 6h30, quando diretores e apoios do sindicato iniciaram um protesto na entrada da sede da CEEE, na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre. Naquele posto, cerca de 40 vigilantes da Vigitec estão sem receber o salário do mês, mas são cerca de 220 no Estado na mesma situação, incluindo os postos da Unipampa e Museu das Ruínas de São Miguel.
Com os carros do sindicato, um deles com alto-falante, apitos, vuvuzelas, e a participação dos trabalhadores, o sindicato interditou quase todos os acessos à empresa, deixando apenas uma passagem livre. Por volta de 8h40, diretores da CEEE chamaram as partes para uma reunião de negociação, com representantes do sindicato, dos vigilantes e da Vigitec.
Depois, em outra reunião, os trabalhadores aceitaram a proposta da empresa, de pagar 50% até amanhã, quarta-feira (11), e o restante até dia 16. A direção da Vigitec alega que está com três faturas de pagamento da CEEE atrasadas e recorrerá a um empréstimo bancário para regularizar a situação. A Companhia prometeu regularizar o débito com a contratada até o dia 15.
Pagamento do reajuste
Participaram da manifestação os diretores Marlon Costa, Mariza Abrão, Carlos Schio, Gérson Farias e os apoios Adriano Goulart e Ariosto Santos da Silva. O sindicato está atento e haverá mais protestos como esse onde houver atraso de pagamento, inclusive dos valores do reajuste (11%) retroativos à data base que deveriam ter sido pagos até dia 6 último.
As empresas Portal Sul e Laboral já estão sendo acionadas judicialmente por conta disso. Já a Seltec garantiu ao sindicato que até quinta-feira conclui o pagamento do reajuste de todos os seus trabalhadores. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e a CLT preveem multas às empresas por descumprimento de acordo, nestes casos.