O sindicato realizou hoje à tarde (08) dois protestos, na frente da Job Segurança e Vigilância Patrimonial e Líder Vigilância, ambas no bairro Floresta, em Porto Alegre. Elas estão com salários do mês em atraso, mas representantes das duas empresas prometeram regularizar todos os pagamentos até amanhã pela manhã.
Às 14 horas uma comissão do Sindivigilantes, com carro de som e faixas, estacionou na frente da JOB, que ainda não pagou os vigilantes do Centro Administrativo (Caff). Os dirigentes do sindicato exigiram ao microfone o pagamento imediato dos salários, além da hora extra conforme determina a convenção: o dia normal acrescido de 50%.
A empresa vem pagando horas extras de forma simbólica, com valores de R$ 40, R$ 60. Além disso, o Sindivigilantes cobra da Job o dinheiro dos trabalhadores relativo à contribuição sindical, que é descontado nos contracheques mas não é repassado à entidade. Além da apropriação indébita pela empresa, os trabalhadores são prejudicados sempre que precisam usufruir de algum convênio do sindicato.
Representantes da Job chamaram uma comissão para conversar e, com os diretores Ivo Carioca e Fabiano Sanhudo, comprometeram-se em fazer todo o pagamento até 10 horas de amanhã (quarta-feira). Alegaram que estão há mais de 120 dias sem receber as faturas do Caff pelo Governo do Estado. “Alertamos que se não acontecer o pagamento teremos uma paralisação dos trabalhadores ainda esta semana”, disse o diretor Marlon Costa.
Na Líder a situação praticamente se repetiu. Ela não pagou os vigilantes dos postos IPE e Receita Federal e também vem pagando VA e VT em parcelas. No momento em que estava acontecendo o protesto, a comissão do sindicato recebeu a informação de que o pagamento do IPE tinha acontecido, finalmente.
Um diretor da empresa assumiu o compromisso de que o dinheiro dos vigilantes da Receita Federal estará na conta deles amanhã de manhã.
Agora, além de acompanhar o cumprimento da promessa das empresas, o sindicato vai enviar ofício solicitando que elas cumpram a cláusula que determina o pagamento da multa prevista na CCT no próximo contracheque dos trabalhadores, equivalente a um dia de serviço por dia de atraso.
Também participaram da mobilização as diretoras Cristilorem Alvez, Ana Carla Silva e Eni Severo.
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