Uma nova reunião de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2020-2021 aconteceu no final da manhã desta quarta-feira (12) na sede da entidade patronal, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio Grande do Sul (Sindesp), em Porto Alegre.
Representaram o Sindivigilantes do Sul o presidente, Loreni Dias, e o assessor jurídico, aArthur Orlando Dias Filho. No entanto, segue a situação de indefinição, sem uma proposta que justifique a convocação das assembleias da categoria, neste momento.
A posição das empresas continua a mesma da primeira reunião, ou seja, não querem apresentar um índice de reajuste que se aplique sobre os salários e todos os demais itens remuneratórios, como férias, 13º, horas extras, FGTS e outros.
Em vez de um percentual, as empresas ofereceram na primeira reunião, dia 28 de janeiro, o valor líquido de R$ 80,00, que estão chamando de “prêmio de assiduidade”, aos vigilantes que tiverem no máximo duas faltas no ano, e R$ 21,00 de vale-alimentação.
Os empresários dizem que isso já vem sendo praticado em Santa Catarina e Paraná há alguns anos. Também alegam que esse mercado de trabalho vem diminuindo e que perderam muitos postos, ultimamente.
Inflação de janeiro
Agora, na segunda-reunião, mostraram disposição de aumentar o valor do “prêmio de assiduidade”. Porém, o presidente do Sindivigilantes do Sul, Loreni Dias, considera que ainda é preciso melhorar valores e detalhar diversos aspectos da proposta, antes de convocar as assembleias.
Na data-base, 1º de fevereiro, a inflação acumulada dos últimos 12 meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ficou em 4,30%. Este seria o percentual para repor as perdas da categoria no ano que passou.
Segunda ou terça-feira vai acontecer uma reunião da direção do Sindivigilantes do Sul com a assessoria jurídica e diretores dos sindicatos de São Leopoldo e Pelotas, que receberam a mesma proposta, para decidirem juntos o rumo a tomar nesta campanha salarial.
Dias lembrou que “ainda estamos no primeiro mês de negociação e, tradicionalmente, a convenção coletiva tem se decidido entre abril ou maio”. Ele não descarta, inclusive, “a possibilidade de solicitar uma mediação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), caso não haja avanços na proposta patronal”.
Tão logo haja novidades informaremos. Fiquem atentos e se preparem para participar das assembleias, em breve. É hora de união e mobilização da categoria, vamos à luta, juntos somos fortes!