Sindicato denuncia Santander à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa

O Sindivigilantes do Sul entregou hoje (24), na Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (CCDH), um ofício dirigido ao presidente, deputado Miki Breier (PSB), e demais integrandes do órgão denunciando a medida do Banco Santander – e das prestadoras Embrasil e Epavi – que proíbe os vigilantes do banco de usufruirem do horário de almoço.

Embora tenha havido uma decisão da Justiça do Trabalho, ontem (23), que determina a volta em cinco dias do horário normal de almoço, como era até setembro, para os vigilantes da Embrasil, a empresa ainda pode recorrer  e a primeira audiência da outra prestadora do serviço, a Epavi, ainda não aconteceu.

“O Sindicato dos Vigilantes do Rio Grande do Sul (Sindivigilantes do Sul) vem a Vossa Excelência denunciar a situação desumana e de escravidão a que estão sendo submetidos os vigilantes que trabalham nas agências do Banco Santander no Rio Grande do Sul e solicitar providências urgentes desta comissão junto à referida instituição financeira”, diz o documento”.

Ele cita também que já foram demitidos 100 vigilantes, em decorrência do fim da rendição de almoço, ao mesmo tempo em que o bancos, assim como os demais, bate recordes de lucro no país. “No 1º trimestre de 2016, o Banco Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 1,660 bilhão, com crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015 e de 3,3% em relação ao 4º trimestre de 2015”, diz o texto, citando os dados do IBGE e DIEESE.

Conforme o presidente do Sindivigilantes do Sul,  Loreni Dias, “o sindicato espera que a comissão cobre explicações do banco e das empresas e continuará protestando e pressionando até a volta definitiva, sem mais recursos, do horário de almoço para todos os vigilantes da Embrasil e Epavi que trabalham no posto do Santander”.

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Sindicato continuará pressionando pela revogação total da proibição do almoço