Direção, apoios e vereador Comasseto, o autor do projeto,
comemoram a vitória da categoria
Foi um dia muito intenso de luta do Sindivigilantes do Sul, esta quinta-feira (22), que terminou com uma grande vitória da categoria em Porto Alegre. Começou com a participação da diretoria, desde o meio da madrugada, nas manifestações organizadas pela CUT e demais centrais sindicais contra as alterações que o governo pretende impor na Legislação Trabalhista, na Previdência Social (aposentadorias) e Justiça do Trabalho. E terminou com a aprovação unânime do projeto de lei da vigilância armada 24 horas nas agências bancárias e cooperativas de crédito, na Câmara Municipal, após um intenso corpo-à-corpo dos diretores e apoios, que chegaram a ir de gabinete em gabinete dos vereadores para garantir que eles estivessem na votação, no número mínimo necessário, 19, para haver quórum.
O projeto foi apresentado pelo vereador Engenheiro Comasseto (PT) e recebeu forte apoio de diversos outros vereadores, mas por baixo dos panos havia vereadores agindo para impedir e protelar a votação para depois das eleições. Na reunião de líderes, pela manhã, que decidiria a pauta dos projetos da sessão da tarde, o vereador Reginaldo Pujol, do DEM, tentou impedir que o PL fosse colocado em discussão. À tarde, por diversas vezes, ele usou a tribuna, fazendo de tudo para esvaziar a sessão.
A sessão extraordinária iniciou por volta de 14h30, em segunda chamada, e começou então uma longa discussão sobre o reajuste dos salários dos vereadores, prefeito e vice-prefeito da capital. Como muita polêmica, esse debate se estendeu até quase o final da tarde quando, finalmente, a questão foi votada e encerrada. Nisso, vários vereadores se retiraram, antes que iniciasse apresentação da matéria dos vigilantes.
“Tem que discutir mais, tem que discutir mais”, alegou o vereador João Carlos Nedel, do PP, um dos vereadores contrários ao projeto do vigilante e que abandonou a sessão. Eram necessários pelo menos 19 presentes e os diretores foram aos gabinetes, atrás de quem faltava, trazendo de volta vários deles. Assim, havia 20 vereadores quando a matéria foi votada e aprovada, sem nenhum voto contra.
Posteriormente publicaremos a lista de todos eles, os presentes e que votaram a favor e os que se ausentaram e negaram apoio à categoria. Agora falta o prefeito José Fortunati sancionar (assinar) o texto, para que vire lei. A partir daí, os bancos terão 90 dias para se adaptar e começar a contratar vigilantes para cumprir o que está previsto no PL.
“Quero parabenizar a vocês, é uma vitória coletiva dos vigilantes, da sua luta, e uma vitória do tema da segurança pública para a população, que clama tanto por isso”, disse o vereador Comasseto aos diretores. Vários vereadores comentaram que só a mobilização e a pressão do sindicato no plenário foi que garantiu a passagem do projeto pela Câmara.
Diretores aplaudem os votos favoráveis dos vereadores
Foto: Ederson Nunes