Sindivigilantes denuncia redução de efetivo na segurança do HPS

HPS
Redução foi de quatro para três vigilantes, mas seriam necessários dez, pelo menos

Há quase dois anos o Sindivigilantes do Sul já tinha alertado para a falta de segurança no Hospital de Pronto Socorro (HPS), devido à redução no número de vigilantes no local: “Era um efetivo de quatro vigilantes por turno, que ainda não era suficiente, e agora com um quadro de (apenas) três profissionais deixa totalmente vulnerável a segurança deste importante órgão municipal e também daqueles que são seus usuários”, diz um Auto de Constatação de Irregularidade, com datad de 14 de maio de 2014, endereçado à Seltec Vigilância, responsável pelo posto no hospital.

O documento foi apresentado no início da tarde desta sexta-feira (22), num ato público por mais segurança em frente ao hospital, com a participação de representantes do Sindivigilantes do Sul, Conselho Regional de Enfermagem (Coren), Sindicato dos Municipários (Simpa), Associação dos Servidores do HPS (Serhps) e Sindicato dos Enfermeiros (Sergs). Este protesto ocorre três dias após um homem armado ter invadido o setor de emergência do hospital, onde efetuou vários disparos contra um paciente, que resultou ferido com gravidade, provocando uma situação de medo e pânico entre profissionais de saúde e pacientes.

“Já era previsível que isso iria acontecer, já tínhamos avisado”, discursou o secretário de Políticas Públicas do Sindivigilantes do Sul, Marlon Costa. “Estamos aqui para alertar os trabalhadores e as pessoas que vêm ao hospital buscar atendimento do risco que estão correndo”, completou. O secretário do Conselho Fiscal, Jaqueson Fernandes, ressaltou que seriam necessários pelo menos dez vigilantes para uma instituição daquele porte. “A empresa prestadora (Seltec) foi notificada para ampliar o efetivo no hospital, mas isso nunca aconteceu”, denunciou.

Dirigentes das demais entidades cobraram providências do prefeito, José Fortunati, e do governo do Estado, lembrando que fatos semelhantes já ocorreram em outros hospitais, como o Grupo Hospitalar Conceição. “Não é fácil trabalhar no HPS em situações normais. Imaginem, então, com essa completa falta de segurança vivida pela saúde pública”, diz a carta aberta da Asphs, divulgada no protesto. “Sugerimos ao poder público que, de imediato, aumente o número de seguranças dentro do hospital”, acrescenta o documento.