VEREADOR OLIBONI E SINDICATO TIVERAM AUDIÊNCIA COM SECRETÁRIO DA SAÚDE DA CAPITAL

Secretário Sparta, à direita, recebeu o vereador e direção do sindicato

Secretário Sparta, à direita, recebeu o vereador e direção do sindicato



Na sexta-feira (27), o presidente Loreni Dias, o diretor Fabiano Sanhudo, o advogado Maurício Vieira, da assessoria jurídica, e o vereador Aldacir Oliboni (PT), tiveram uma reunião com o secretário da Saúde de Porto Alegre, Mauro Sparta, na qual denunciaram a truculência contra o sindicato no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

Na audiência, marcada pelo vereador Oliboni, o sindicato relatou que Sanhudo, como é  conhecido, foi afastado do HPS, por determinação da direção, onde trabalhava há 11 anos. Além disso, ouviu do gestor do contrato, Marcelo Salamoni  que ele não retorna ao hospital “nem como visita” e que não quer a presença do sindicato no  hospital.

A causa de tudo foi a ação do Sindivigilantes cobrando da Seltec, que faz a vigilância no hospital e em várias unidades de saúde, e da direção do hospital, providências para os frequentes atrasos de salários dos vigilantes, que vêm acontecendo há meses. O gestor do contrato invadiu a sala dos vigilantes e Sanhudo só não foi agredido porque havia uma mesa entre eles.

O advogado do Sindivigilantes ressaltou que o sindicato teve uma reunião com o diretor administrativo do HPS, Lisandro Zwiernik, mas nenhuma providência foi tomada em relação à postura antissindical do gestor e Sanhudo continua afastado do posto. “Nunca vi tamanha animosidade contra um sindicato num órgão público como naquela reunião”, disse dr. Maurício.

“Estamos aqui para pedir ao sr. que tome providências, para nós não termos que tomar outras providência, porque não vamos deixar assim e vamos procurar que o Sanhudo volte para lá, onde tem 11 anos de casa, até mesmo com uma audiência pública se for preciso”, disse Dias. Ele denunciou ainda que funcionários fizeram um abaixo assinado pela volta do colega e sofreram ameaças do mesmo gestor.

Foi mencionado também o caso do Mercado Público, onde os vigilantes, da mesma forma, vêm sofrendo há meses pelos atrasos de salário e o vice-presidente, Luis Paulo Motta, foi agredido com um soco pelo supervisor da empresa Muhl, Claudiomiro Peres.

O secretário Esparta disse que a Prefeitura vem pagando em dia a empresa e que, a partir desta denúncia, vai encaminhar uma averiguação do que aconteceu no HPS, para providências. Um dos assessores do secretário disse que a Seltec  já foi advertida pelos atrasos e estão sendo aplicadas contra ela “todas as sanções possíveis”.

“Vou continuar exercendo o  papel de fiscalizar, denunciar e buscar  proteger os trabalhadores dessas injustiças, porque empresas que não cumprem contratos e a legislação não podem prestar serviços à prefeitura”, afirmou o vereador Oliboni. O sindicato está encaminhando ações judiciais visando a recondução de Sanhudo ao posto e a punição dos responsáveis pela agressão ao vice-presidente Motta.