Sindicato acompanha situação dos vigilantes do HSBC/Bradesco

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O Sindivigilantes está atento à situação dos vigilantes que trabalham na segurança do HSBC, uma vez que o banco teve as suas operações no Brasil compradas pelo Bradesco, em agosto deste ano. Muitas agências deverão ser fechadas, com muitas demissões, como já aconteceu quando o Itaú se fundiu ao Unibanco e quando o Banco Real foi comprado pelo Santander, em 2008. Além disso, muitas colegas do HSBC estão preocupadas porque o Bradesco é conhecido por não contratar mulheres para a vigilância.

A direção do sindicato contatou o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV), pois trata-se de uma situação que atinge agências em todo o país. O presidente, José Boaventura Santos, disse, por telefone, que tem reunião marcada, em São Paulo, no dia 14, com o diretor de segurança do Bradesco, quando tratará mais detalhadamente do assunto.

O deputado Chico Vigilante (PT), do Distrito Federal, por sua vez ficou de buscar mais informações e repassar o que souber ao Sindivigilantes. Seja como for, o sindicato tomará todas as providências possíveis para garantir os direitos de nossos colegas nessa transição de um banco para o outro. Também não admitirá nenhuma espécie de discriminação contra as mulheres vigilantes pelo Bradesco ou por qualquer outra empresa.

HSBC é a sigla, em inglês do Hong Kong and Shanghai Banking Corporation, oficialmente HSBC Holdings plc, um banco mundial britânico, com sede em em Londres, na Inglaterra. No Brasil o HSBC tem sede em Curitiba e aproximadamente 2,9 milhões de clientes pessoas físicas e 312.948 mil clientes pessoas jurídicas. Está presente em 565 municípios brasileiros, com 933 agências.

Em fevereiro de 2015, o HSBC foi denunciado no chamado escândalo SwissLeaks de lavagem de dinheiro, quando o Consórcio Internacional de Jornalismo Investigativo revelou que o banco abrigou contas secretas na Suíça mantidas por traficantes de drogas e de armas, criminosos e sonegadores fiscais, muitos dos quais políticos ou “celebridades”. Clientes brasileiros do HSBC tinham 7 bilhões de dólares em 5.549 dessas contas secretas.

Segundo a revista Exame, o Bradesco pagou R$ 17,6 bilhões pelo HSBC, na maior transação entre bancos desde a fusão entre o Itaú e o Unibanco há quase sete anos. Ao comprar o HSBC, o Bradesco passa a ter 31,5 milhões de clientes, cerca de 5.500 agências e 1,2 trilhão de reais em ativos. Supera a Caixa Econômica Federal e assume o terceiro posto no ranking dos bancos, atrás do Itaú e do Banco do Brasil, o maior de todos.