JUSTIÇA ATENDE PEDIDO DO SINDICATO E BLOQUEIA FATURAS DA CAMARGO NO SANATÓRIO PARTENON

Recurso deve ser destinado ao pagamento de salários, vale-alimentação e vale-transporte em atraso, além das verbas das rescisões de contrato devidas aos vigilantes.



O juiz Elson Rodrigues da Silva Júnior, da 26ª Vara do Trabalho de Porto Alegre, atendeu o pedido do sindicato em ação coletiva e determinou, com tutela de urgência, o bloqueio das faturas e créditos da Camargo Segurança Eireli junto ao Hospital Sanatório Partenon, em Porto Alegre, até o limite de R$ 800 mil.

Este recurso deve ser destinado ao pagamento de salários, vale-alimentação e vale-transporte em atraso, além das verbas das rescisões de contrato devidas aos vigilantes.

Cabe lembrar que, semanas antes da Camargo falir, diretores do Sindivigilantes do Sul foram muito mal recebidos por vigilantes do Sanatório Partenon, quando foram conferir as denúncias de atrasos dos pagamentos.

Esses vigilantes disseram que não precisavam do sindicato e que eles mesmos resolviam tudo direto com a empresa. Mas a Camargo fechou as portas da noite para o dia, ficaram todos de mãos abanando, e quem está lutando para que os trabalhadores recebam seus direitos é o sindicato.

Caso não haja mais faturas a serem bloqueadas, o juiz determinou a penhora de créditos de outro processo da empresa que tramita na 9ª Vara do Trabalho.

Decisões favoráveis

A Justiça também já decidiu favoravelmente ao bloqueio de faturas do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) e do Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete). Nos próximos dias devem ser despachadas as decisões para os demais postos.

Ao mesmo tempo que encaminhou ações coletivas à Justiça Trabalhista, o sindicato enviou ofício à direção de TODOS os postos que a Camargo detinha, pedindo o bloqueio das faturas e o  pagamento direto dos vigilantes. Apenas a direção do Cais do Porto respondeu afirmativamente, semana passada, comprometendo-se a pagar direto os trabalhadores nos primeiros dias de fevereiro.

Centro Administrativo

Num ofício encaminhado ao Caff dia 10 de novembro, diante dos atrasos que já vinham ocorrendo, a assessoria jurídica do sindicato fez a mesma solicitação: bloqueio de faturas e pagamento direto. Mas  o Caff se negou a fazer o pagamento direto dos vigilantes e destinou o recurso de uma fatura bloqueada ao pagamento de outros trabalhadores, de um processo antigo da Alerta.