DESDE A MADRUGADA SINDIVIGILANTES ESTEVE NA LUTA PELA GREVE GERAL QUE PAROU O PAÍS

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Vigilantes e outros sindicatos se concentraram
na Estação Rodoviária

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Era ainda muito cedo e muito frio, por volta das 03h30 da madrugada, quando a direção e apoios do Sindivigilantes do Sul, em peso, saíram às ruas de Porto Alegre para reforçar a mobilização que parou o Brasil neste dia de greve geral (28). “Esta não é uma greve dos vigilantes, não é uma greve de uma categoria, é completamente diferente de todas as paralisações que costumam acontecer, esta é uma mobilização de todos os trabalhadores do país e de todos aqueles que não aceitam essa reforma trabalhista absurda que vai acabar com nossos direitos, conquistados com muita luta, e com as nossas aposentadorias”, disse o presidente Loreni Dias, a uma emissora de rádio.

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O Sindivigilantes e sindicatos de outras categorias, como os rodoviários intermunicipais, do Sindirodosul, se concentraram na área da Estação Rodoviária, no centro da capital, por onde circularam gritando palavras de ordem, principalmente “Fora Temer”, e portando faixas com frases denunciando os projetos que o governo golpista que está no poder quer aprovar às pressas e sem debate com a sociedade no Congresso Nacional.

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Foram acompanhados o tempo todo de perto pela tropa de choque da Brigada Militar, mas não chegou a haver nenhum conflito. Depois, os vigilantes e demais manifestantes permaneceram na rua junto à passarela a rodoviária, onde foi possível perceber que nenhum ônibus urbano de passageiros circulava na principal via de acesso ao centro e nenhum chegava da Região Metropolitana, além do trânsito muito pequeno de automóveis.

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Já era perto do meio-dia quando o grupo seguiu em caminhada pela avenida Mauá, com pouquíssimo movimento de veículos. Muitos motoristas passavam e buzinavam ou gritavam saudando a mobilização. Na frente da Prefeitura e na Esquina Democrática houve uma grande concentração de sindicalistas, trabalhadores, servidores públicos e populares, com muitos discursos de críticas ao governo e a garantia de que essas reformas “não passarão”.

“Estamos fazendo a maior greve geral da história recente do Brasi, para responder ao maior ataque aos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários que a classe trabalhadora brasileira já sofreu”, afirmou o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo. Todas as lideranças, sem exceção, avaliaram como um grande sucesso a greve tanto no Rio Grande do Sul como no país. Por fim, no início da tarde, a multidão enorme, com sentimento de vitória neste dia, seguiu em caminhada pela Avenida Mauá e Viaduto da Conceição, até o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa.