Segunda reunião de negociação aconteceu na
manhã desta terça-feira (14)
Atenção vigilantes: semana que vem teremos assembleias, na capital e interior, em datas e locais a serem confirmados, para discussão da campanha salarial em andamento. A segunda reunião de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos vigilantes terminou hoje (14), ao final da manhã, sem uma proposta oficial dos patrões para a categoria. Após muita discussão, a direção da entidade patronal (Sindesp) assumiu o compromisso de discutir com os donos das empresas e confirmar, até quinta-feira, a seguinte proposta:
– Salário mensal: R$ 1.408,00 ou R$ 6,40 a hora. Isto representa um reajuste de 5,75%, ou seja, 5,44% da inflação de fevereiro (INPC), mais o resíduo de 0,31% do ano passado.
Observação: de início, eles chegaram a propor a reposição da inflação (5,44%), mas com os 0,31% do ano passado já incluídos neste índice.
– Vale Alimentação: R$ 18,50 ou R$ 19.00.
Isto representa um reajuste de 6,44%, ou seja, 5,44% da inflação, mais o resíduo de 1% do ano passado.
– ASP: zero de reajuste e incorporação do risco de vida ao salário (10%).
ATENÇÃO: conforme foi dito, esta ainda não é uma proposta oficial, ela precisa ser confirmada pelos patrões quinta-feira, após assembleia das empresas.
Os patrões foram comunicados que a proposta apresentada semana passada, de apenas 3% de reajuste, foi rejeitada sem precisar de convocação de assembleia dos trabalhadores, de tão ridícula.
Eles insistiram muito que o momento é de crise, que estão acontecendo muitas demissões e há muita gente nas filas à espera de vagas de emprego.
Já os diretores dos sindicatos que estavam presentes responderam que a proposta patronal é muito baixa e que o setor da segurança privada teve um crescimento de 180% em dez anos, conforme levantamento do Dieese. Além disso, reforçaram que a cesta básica tem subido muito acima da inflação e Porto Alegre, que serve de referência para o Estado, tem uma das cestas mais caras do país.
Ao final, os sindicatos de vigilantes que participam da campanha unificada decidiram que vão todos convocar assembleias nas suas bases para discussão e mobilização da categoria. O Sindivigilantes do Sul fará assembleias na capital e interior, com datas e locais a serem confirmados até sexta-feira.
Participaram da negociação de hoje, além da direção do Sindivigilantes do Sul, dirigentes dos sindicatos de Pelotas, São Leopoldo, Lajeado e Novo Hamburgo. Também estavam presentes o assessor jurídico, Arthur Dias Filho, o técnico do DIEESE Ricardo Franzoi e dois dos integrantes da comissão de vigilantes eleitos na assembleia do sindicato, em dezembro, Leandro Benini e Rosane Schmitz.
