Palestra do Outubro Rosa para mulheres vigilantes lota auditório

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Médica palestrante destacou que chance de cura é de 95%,
quando o diagnóstico acontece cedo

O auditório do Sindiferroviários ficou praticamente lotado, no sábado pela manhã (15), de mulheres vigilantes e familiares – mães, filhas, irmãs – que foram assistir à palestra sobre câncer de mama promovida pela Secretaria de Assuntos da Mulher do Sindivigilantes do Sul. A palestrante foi a médica ginecologista da Central de Consultas Naiana Confortin, que apresentou dados sobre a doença, fatores de risco, meios de prevenção e as formas de tratamento.

A palestra integra as atividades do Outubro Rosa, uma campanha mundial de prevenção ao câncer de mama. “Queremos agradecer à doutora Naiana e à diretora da Secretaria Municipal da Saúde de Cachoeirinha, Cristiane Soares Almeida, que doou materiais informativos sobre o tema para distribuirmos às vigilantes”, disse Mariza Abrão, diretora de Assuntos da Mulher do Sindivigilantes do Sul.

Estavam presentes ainda o presidente do Sindicato, Loreni Dias, apoios e funcionárias que organizaram a atividade, além da representante da CUT, Maria Helena de Oliveira, e a presidente do Sindivigilantes de Novo Hamburgo, Maria Rosane do Amaral, e uma representante da vereadora Sofia Cavedon (PT). Antes da palestra, o deputado Adão Villaverde apresentou o projeto da cota para mulheres nas empresas de vigilância que têm contratos com os poderes do Estado (Executivo, Legislativo e Judiciário).

Chance de cura é alta

A médica destacou que o câncer de mama é um dos que mais mata no país, que quando descoberto no início a chance de cura é muito grande e chega a 95% dos casos. O problema do diagnóstico é que muitas mulheres procuram a ajuda médica tarde, com o câncer já avançado, com metástases (quando se espalha para outras partes do corpo) e isso torna o tratamento mais difícil, mas ainda é possível, disse.

Têm mais risco de desenvolver a doença quem tem histórico familiar (mães e irmãs que já tiveram câncer), mulheres com mais de 50 anos, quem teve menstruação precoce ou menopausa tardia, quem faz reposição hormonal, quem apresenta colesterol alto e obesidade. Para prevenir, é recomendado o autoexame dos seios, pelo menos uma vez por mês, para verificar a presença de nódulos, e o exame clínico, com um médico ou médica, uma vez por ano a partir dos 40 anos.

Apoio emocional

Não fumar, maneirar no álcool, comer mais frutas, legumes, verduras, controlar o peso, evitar frituras e comidas gordurosas, comer carne vermelha somente duas vezes por semana, não abusar do sal e nem do açúcar, praticar atividades físicas, são algumas recomendações para a prevenção de várias doenças, inclusive do câncer. Foi bastante destacada a importância do apoio emocional para que as pacientes superem a doença.

A presidente do Sindivigilantes de Novo Hamburgo contou que a mãe dela descobriu um câncer de mama num estágio bastante avançado. Mas com o tratamento recomendado e o apoio da família, a mãe de Rosane superou a doença e ainda viveu mais 25 anos, relatou. “Amor, carinho, atenção, compreender que a pessoa vai passar mal durante o tratamento, que não é “frescura”, são fatores importantes para superar qualquer adversidade nesta situação”, reforçou a médica.